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Analise Do Mercado Do Vinho Do Porto

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ÍNDICE
1. Introdução..................................................................................... 3
2. O Vinho do Porto.......................................................................... 4
3. Características do Mercado............................................................ 5 3.1. Segmentos de Mercado...................................................... 3.2. Tendências Para a Procura...................................................... 3.3. Canais de Distribuição................................................................. 3.4. Principais Concorrentes................................................................. 4. Identificação do Perfil e Evolução da Procura.................................. 4.1. Cruzamento de Dados entre Consumidores...................................
5. Identificação dos Factores Macro Ambientais................................. 5.1. Factores Tecnológicos................................................................ 5.2. Factores Político-Legais............................................................... 5.3. Factores Económicos................................................................... 5.4. Factores Socio-Culturais..................................................................
6. Conclusão.........................................................................................
7. Bibliografia................................................................................

1. INTRODUÇÃO
Este trabalho foi realizado no âmbito da unidade curricular de Fundamentos de Marketing.
O trabalho tem como objectivo analisar o mercado do Vinho do Porto em Portugal nos anos de 2004, 2005 e 2006 onde trabalhamos diversas variáveis representadas graficamente e analisadas com algum pormenor.
A dimensão do mercado, os concorrentes, os consumidores e os factores macro-ambientais fazem parte desta análise.

2. O VINHO DO PORTO
O Vinho do Porto é produzido numa região situada nas margens do curso médio e superior do rio Douro, com terreno muito apropriado e clima muito favorável, que contribuem para a produção dum vinho de qualidade elevada apreciado no mundo inteiro. É um vinho natural e fortificado, produzido exclusivamente a partir de uvas provenientes da região demarcada do Douro, norte de Portugal, sendo que a Régua e Pinhão são as zonas de maior produção deste produto.
O seu processo de fabrico inclui a paragem da fermentação numa fase inicial e na adição de aguardente vínica.
Existe uma grande polémica à volta da “descoberta” do Vinho do Porto. Há quem defenda que o Vinho do Porto surgiu da necessidade que havia de encontrar uma forma para que o vinho de mesa não azedasse. Esta “versão” é mais defendida pelos produtores Ingleses, quando os mercadores britânicos adicionaram brandy ao vinho da região do Douro para evitar que este se estragasse. Mas o processo que caracteriza a obtenção do precioso néctar era já conhecido bem antes do início do comércio com os ingleses. Segundo alguns registos, já na época dos Descobrimentos o vinho era armazenado desta forma para se conservar mais tempo durante as viagens. A diferença fundamental reside na zona de produção e nas castas utilizadas, hoje protegidas.
O Vinho do Porto apresenta uma enorme diversidade de tipos com uma riqueza e intensidade de sabor e aroma únicas. Tem um teor de álcool elevado( 19 a 22% ) e uma vasta gama de doçuras e grande diversidade de tons de cores. Este vinho pode ser Tawny, Ruby ou Branco e quanto à doçura pode ser muito doce, doce, meio seco ou extra seco. Além disso, o Vinho do Porto apresenta categorias especiais como os Reserva, os LBV, os Tawnies envelhecidos, os Vintage e os Colheita.

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3. CARACTERÍSTICAS DE MERCADO
Dimensão do mercado (valor e volume) e taxa de crescimento
Quadro 1- Dimensão e evolução do mercado INA 2004 2005 2006
Volume (Uni) 5.847.184 5.983.905 5.893.772
Var.Vol. 0% 2% -2%
Valor (€) 36.777.431 34.200.737 33.866.466
VarValor 0% 1% -1%

O mercado do Vinho do Porto no ano de 2004 comercializou 5.847.184 unidades, apenas nos canais de distribuição como as grandes superficies comerciais e as pequenas lojas tradicionais (INA). É possível verificar uma taxa de crescimento de 2% no volume de vendas do ano seguinte, sendo que em 2006 há um decréscimo de 2% nessa mesma variável. Relativamente às vendas em valor, houve um aumento de apenas 1% em 2005 e em 2006 um decréscimo de 1%. Com estes dados, podemos concluir que as vendas em unidades aumentaram (embora não tenho sido um aumento significativo) mas em valor diminuiram o que poderá se dever ao facto de uma descida no preço do produto.

3.1 Segmentos de mercado
Através da análise dos dados fornecidos pela base de dados AcNielsen identificamos quais os segmentos de mercado e qual a sua representação, apresentando ainda diversas características sócio-demográficas dos consumidores de Vinho do Porto.

Gráfico 1- Percentagem da importancia das áreas (INA)

Existe uma grande divergência no que remete à importância das áreas onde se comercializa Vinho do Porto. Após a observação do quadro, podemos verificar que a zona litoral norte domina grande parte do mercado ao longo dos três anos tendo vindo a crescer até 2006 atingindo os 40%. Na generalidade, o norte e centro do país são as zonas onde o comércio do Vinho do Porto é mais abundante. No entanto, a zona da Grande Lisboa pussui ainda uma generosa fatia, ultrapassando mesmo o Grande Porto.
Em linhas gerais, a evolução foi constante não havendo nenhuma alteração significativa que necessite de maior destaque.
Podemos assim dizer que a zona Litoral Norte é o grande alvo dos distribuidores de Vinho do Porto sendo que detém 40% de importância no mercado no que se refere ao INA.

A nível de consumidores , é igualmente importante saber onde incide o maior índice de consumidores e quais as suas principais características.

Gráfico 2- Percentagem de consumidores do Vinho do Porto Podemos confirmar que é no Norte do país e na zona da Grande Lisboa onde se localiza a maior percentagem de consumidores. No entanto ao longo dos três anos apresentados existem divergências, algumas notórias no que toca a algumas zonas. Em 2005 é de salientar a diminuição de consumidores na zona Sul e na zona da Grande Lisboa sendo que no interior norte ocurreu o oposto de forma mais acentuada evoluindo dos 20,6% do total de consumidores para os 26,7%. No que se refere ao ano de 2006, destaca-se, mais uma vez, a zona Interior Norte, desta vez com um decréscimo extremamente acentuado de cerca de 7%. Neste último ano, é a zona da Grande Lisboa que lidera no que se refere ao número de consumidores verificando-se também um aumento significativo na zona do Grande Porto.
Como conclusão desta análise, verifica-se que no sul do país o consumo de Vinho do Porto não é o mais apreciado sendo que, mais uma vez é no norte do país e na Grande Lisboa onde os consumos prevalecem mais elevados.

A nível de faixas etárias é interessante verificar algumas alterações nos anos analisados sendo que se apresentam um pouco significativas.

Gráfico 3- Faixas etárias de consumidores de vinho do Porto (%) O ano de 2004 é marcado por uma predominância no que se refere ao consumo de álcool por indivíduos entre os 35 e 44 anos. O ano seguinte mantem-se relativamente estável, notando-se no entanto uma pequena disparidade por parte dos indivíduos entre os 15 e 17 anos que no ano anterior representavam apenas 1% dos consumidores de Vinho do Porto. Já o ano de 2006 conta com um aumento significativo do número de consumidores entre os 25 e os 34 anos e uma descida acentuada dos indivíduos com mais de 64 anos.
Sendo assim, denota-se uma predominância do consumo de Vinho do Porto por indivíduos com idades compreendidas entre os 25 e os 54 anos, sendo que segundo as informações do ano de 2006 da base de dados Marktest sobre o comportamento do consumidor a faixa etária dos 25 aos 34 anos é aquela que aumentou significativamente liderando a posição do maior número de consumidores.
Gráfico 4 – Sexo dos consumidores de Vinho do Porto (%) A nível do sexo dos consumidores, podemos até afirmar que os gráficos falam por si. Existe uma esmagadora maioria de consumidores do sexo masculino, sobressaindo-se em todos os anos dos indivíduos do sexo feminino e mostrando algum aumento na evolução de ano para ano. Os consumidores do vinho do Porto são claramente indivíduos do sexo masculino, representando cerca de 60% da população consumidora de Vinho do Porto.
A nível de classes sociais é essencial perceber se o Vinho do Porto é consumido pelas classes sociais mais altas ou se a classe social baixa também apresenta níveis altos de consumidores.
Gráfico 5 – Classes Sociais dos Consumidores de Vinho do Porto (%) A partir da observação do gráfico 5 podemos identificar um cada vez mais crescente número de consumidores por parte da classe média baixa, podendo o mesmo se verificar com a classe alta e média alta. No entanto a classe média sofreu uma descida acentuada no ano de 2005 sendo que o oposto ocorreu com a classe baixa nesse mesmo ano.
Concluimos então que o segmento alvo será a classe alta e média alta e a classe média baixa pelos cada vez mais elevados níveis de consumo.

Quadro 2 – Ocupação dos consumidores de Vinho do Porto (%)
Ocupação 2004 2005 2006
Quadros Méd.Superiores 11,7 12,8 17,3
Téc.Especializ./Peq.Propr. 10,7 9,9 10,7
Emp.Serv./Com./Administr. 11,3 9,3 12,6
Trab.Qualif./Especializados 21,1 23,6 20,5
Trabalh.N.Qualif./N.Espec. 10,0 8,1 8,1
Reformados/Pens./Desemp. 24,1 22,6 19,1
Estudantes 5,8 7,5 7,9
Domésticas 5,3 6,2 3,8

Quanto à sua ocupação, os consumidores do Vinho do Porto apresentam algumas variâncias.
O ano 2004 foi marcado por um número de consumidores mais acentuado por parte dos indivíduos reformados, pensionistas ou desempregados seguindo-se dos trabalhadores qualificados ou especializados. As domésticas são as pessoas que menos consomem Vinho do Porto representando em 2006 apenas 3,8% da população de consumidores. No ano 2005 e 2006 lideram os trabalhadores qualificados ou especializados com maior percentagem de número de consumidores.
O consumo por parte dos indivíduos que ocupam cargos médios superiores e pelos estudantes tem vindo a aumentar ao longo dos três anos verificando-se o oposto com os reformados, pensionistas ou desempregados e com e com os trabalhadores não qualificados podendo então concluir que no que se refere à ocupação dos consumidores é necessário centrar as atenções nos indivíduos que ocupam cargos médios superiores, estudantes e trabalhadores qualificados e especializados.

3.2 Tendências para a procura
Após esta análise podemos identificar várias tendências para a procura e consumo do Vinho do Porto.
No que se refere ao volume e valor das vendas nos espaços INA (Q tem-se verificado ao longo do tempo um decréscimo da procura.
A tendência de venda (INA) nas diversas áreas de Portugal (Gráfico 1) é também uma ligeira descida, sendo a zona Litoral Norte uma excepção com níveis de compra e cada vez mais elevados. Sendo que, em 2004, o preço médio por garrafa (Quadro 3) era de 6,46 €, em 2005 verificou-se uma descida ainda significativa para 5,71 € por unidade pressupondo assim uma tendência para a descida dos preços, embora em 2006 houvesse uma aumente de 0,3 €. Quadro 3- Preço Médio por garrafa de Vinho do Porto
2004 2005 2006
6,46 € 5,71 € 5,74 €

A nível de número de consumidores (Gráfico 2) existem maiores divergências, isto é, o Interior Norte demarca-se claramente das restantes zonas pela percentagem de consumidores. No entanto, e com base em 2006 a tendência é a diminuição de consumidores sendo a sua evolução irregular ao longo do tempo, tal como o Litoral Norte.
O Grande Porto, a Grande Lisboa e o Sul demonstram um aumento no último ano. O Litoral Centro destaca-se pela sua evolução gradual e constante, o que revela que a tendência nesta zona é o aumento do número de consumidores.
No que se refere às faixas etárias , é entre os 25 e 54 anos que há o maior número de consumidores.
Relativamente ao sexo (Gráfico 3) é evidente que a tendência é para o consumo maioritariamente masculino evidenciando, inclusivamente, algum aumento ao longo dos anos.
Gráfico 6 - Faixas etárias e tendências de consumo

Através da análise do Gráfico 6, podemos verificar uma tendência de aumento do consumo de Vinho do Porto nos jovens de idades entre os 25 e 34 anos e uma diminuição de consumo nas faixas etárias a partir dos 55 anos.
Relativamente às classes sociais (Gráfico 5), é a classe média baixa e média que representam a maior percentagem de consumidores sendo que a classe média alta e alta são as que mostram um maior aumento ao longo dos anos.
Quanto à ocupação dos consumidores (Quadro 2) a tendência é o aumento da percentagem de consumidores de quadros médios superiores e nos estudantes. Reformados, pensionistas e desempregados consomem cada vez menos ao longo dos últimos anos.

3.3 Canais de distribuição
Os canais de distribuição analisados são os que pertencem à base de dados AcNielsen no que se refere ao INA.
Os canais considerados foram os Hiper e Supermercados e as lojas Tradicionais de Norte e Sul.

Gráfico 7 – Canais de Distribuição 2004 São claramente os Hipermercados os líderes dos canais de distribuição, seguindo-se dos Supermercados. As lojas tradicionais representam apenas uma pequena fatia (23%) sendo as dos Norte as que mais vendem Vinho do Porto.
Gráfico 8 – Canais de Distribuição 2005 Em 2005, a tendência mantém-se, apenas com um ligeiro aumento nos Hipermercados e um decréscimo nas Lojas Tradicionais.

Gráfico 9 – Canais de Distribuição 2006 Em 2006, o processo é oposto, os Hipermercados voltam ao ponto em que se encontravam em 2004 havendo um aumento nas lojas Tradicionais Norte.
A partir desta análise não podemos tirar nenhuma conclusão tendencial a nível de aumentos ou decréscimo, sendo que a verdadeira tendência é para uma certa estabilidade com a parte do mercado que cada um ocupa.

3.4 Os principais concorrentes
Dentro do mercado do Vinho do Porto temos, como principais concorrentes, a marca Calém, Ferreira e Offley.
• Calém
Segundo dados do site oficial da Cálem, esta empresa vendeu mais de 3,7 milhões de garrafas de Vinho do Porto no ano de 2005 e classificam Portugal como principal mercado onde pretendem incidir. As exportações também sempre foram importantes e o facto da firma possuir uma frota própria deu origem à sua imagem mais conhecida: a Caravela. O Brasil é um dos principais pontos de exportação desde os anos 80 e nos dias de hoje as exportações englobam grande parte da Europa e América do Sul.

• Ferreira
Segundo Richard Mayson(2001) a marca Ferreira desde sempre se assumiu como líder no mercado nacional.
Mediante um slogan simpes e eficaz “Foi você que pediu um Porto Ferreira?” a essência da marca compromete-se com valores profundos do "Ser Português": a paixão patriota e a sofisticação que resultam da simplicidade.
Segundo o site “ThePortWIne” o Porto Ferreita pretende “homenagear o espírito fundador e a memória da Casa, assumindo a continuidade cultural como elemento de identidade aprojectar no futuro”.

• Offley
A Offley posiciona-se como uma das marcas mais acessíveis. Assume como qualidades versatilidade e irreverencia porque permite ser misturada com outras bebidas procurando assim atingir um público mais jovem e inovador.
Esta marca é caracterizada, no site “ThePortWine”, como “O sabor irreverente que renova o humor diário”, apela a um consumo informal, de quem procura novas sensações e sabores num Vinho do Porto.
Após esta pequena caracterização das marcas concorrentes líderes de mercado, iremos analisar mais pormenonorizadamente qual o seu peso e evolução.
Gráfico 10 – Principais Concorrentes (%)

Através da análise do Gráfico 10 podemos verificar várias alterações. Ou seja, no ano 2005 e apenas referindo os valores dos principais concorrentes, há um aumento do valor para um volume identico ao de 2004, sendo que pressupoe uma aumento dos preços. Em 2006, o volume aumenta e o valor mantém-se na linha dos ano anterior o que denota uma ligeira descida dos preços no que diz respeito a estas três marcas. Em comparação com os outros concorrentes, estas três marcas sempre ocuparam uma parte significativa do mercado conseguindo até um aumento em 2005 de valor de mercado acompado por uma descida de volume e valor das restantes marcas. Em 2006 estes concorrentes encontram-se numa posição bastante sólida a 1% de alcançar metade do mercado do Vinho do Porto.

4. Identificação do Perfil e Evolução da Procura Através de tudo o que já foi referido e com as análises que serão feitas de seguida iremos identificar qual o perfil da procura no mercado do Vinho do Porto.
Primeiramente, é necessário perceber qual a percentagem de consumidores de vinho do porto e qual a sua evolução.

Gráfico 11 – Percentagem de consumidores regulares de Vinho do Porto A nível de consumidores regulares e a partir dos dados retirados da base de dados da Marktest- o Perfil do Consumidor podemos afirmar que no ano de 2006 os consumidores de Vinho do Porto representam cerca de 20% da população portuguesa sofrendo um acentuado aumento comparativamente com 2005 em que houve um decréscimo de cerca de 2% relativamente a 2004.

Gráfico 12 – Percentagem de consumidores intensivos de vinho do Porto Segundo o Gráfico 12 os consumidores intensivos apresentaram um aumento gradual ao longo dos três anos apresentados totalizando cerca de 7% da populaçao em 2006.
Concluindo, podemos afirmar que existe uma propensão para o aumento do número de consumidores de Vinho do Porto, sendo que os intensivos apresentam uma evolução mais regular.
Resumindo todas as análises que permitem identificar o perfil da procura podemos dizer que a zona existe maior número de consumidores é a zona Interior Norte e Grande Lisboa, sendo que se encontram maioritáriamente entre as idades de 25 e 54 anos e são na sua maioria homens, pertencentes à classe social média baixa sendo trabalhadores qualificados e especializados ou reformados e pensionistas.
Existem ainda vários aspectos que não foram referidos a nível da análise sócio-demográfica irendo ser analisados já de seguida.

Gráfico 13 – Situação dos consumidores (%) Dos consumidores de Vinho do Porto, cerca de 60% da população é activa havendo igualmente um acréscimo ao longo dos três anos. Os não activos representam apenas aproximadamente 30% sendo que a sua tendência é a de diminuir.

Gráfico 14 – Consumidores com e sem crianças nos lar (%) Através do Gráfico 14 verificamos que, na sua maioria, os consumidores do vinho do Porto não têm crianças em sua casa.
Dos cerca de 35% que têm, iremos agoras analisar quais as idades das crianças que habitam o lar dos consumidores e qual a sua tendência.

Gráfico 15 – Crianças no lar de consumidores (%) Sendo assim, os consumidores de Vinho do Porto têm, maioritáriamente, crianças entre o 7 e 13 anos no seu lar. No entanto, todas as faixas etárias apresentadas têm decrescido ao longo dos anos 2004, 2005 e 2006.

4.1 Cruzamento de dados entre consumidores
Através dos dados fornecidos pela base de dados da Marktest, podemos cruzar diversas variáveis entre consumidores.
Quadro 4 – Actividades dos Consumidores (%)
Actividades e Tempos Livres 2004 2005 2006
Frequentadores de discotecas 23,8 29,4 38,3
Fumadores 23,3 19,6 22,6
Leitores de livros (último mês) 31,7 33,3 46,8
Jantam fora de casa, de 2ª a 6ª Feira 13,2 10,0
Jantam fora de casa, ao FDS 25,5 27,5

É possível identificar se estes consumidores lêem livros com frequência ou até mesmo se fumam ou frequentam discotecas.
A partir do Quadro 4 que a tendência dos consumidores de Vinho do Porto é de ler e frequentar discotecas cada vez mais. O acréscimo de frequência de discotecas pode advir do facto do aumento de consumidores nas faixas etárias mais jovens assim como o aumento da leitura pode também estar directamente ligada com o aumento de consumidores por parte da classe alta e média alta.
Em 2006, cerca de 10% dos consumidores jantam fora de casa durante a semana verificando-se uma descida relativamente ao ano anterior. Quando à variável de jantar fora de casa ao fim-de-semana ocorreu o oposto verificando-se um aumento de 2%.

Existem outras variáveis possíveis de analisar, tal como as que se seguem.
Quadro 5 – Actividades dos consumidores (%)
Actividades 2004 2005 2006
Foram cinema - último mês 21,8 19,5 22,0
Praticam desporto regularmente 26,2 27,3 29,6

Sabemos que, após a análise do quadro 5, os consumidores do vinho do Porto têm tendência a praticar mais desporto regularmente.
As idas ao cinema também subiram à excepção do ano 2005 que sofreu um pequeno decréscimo.

5. Identificação dos factores Macro-Ambientais

Numa análise de mercado é necessário conhecermos o meio em que este está inserido e quais os factores macro ambientais que mais o influenciam.
A nível dos facotres macro ambientais que influenciam o consumo ou a venda de álcool, nomeadamente do Vinho do Porto, foram encontrados diversos artigos que demonstram vários aspectos relevantes.
Como tal consideraram-se importantes para esta análise factores politico/legais, económicos, sócio-culturais, tecnológicos, ambientais/ecológicos e demográficos.

5.1 - Factores Tecnológicos

Com a evolução dos tempos tem se vindo a verificar um aumento de estudos científicos na área da medicina. Se por um lado os efeitos de um consumo elevado de álcool são bastante nocivos, por outro lado alguns estudos têm se incidido sobre os benefícios do consumo moderado de álcool. Referimos de seguida alguns estudos e artigos que achamos relevantes. • Um consumo ligeiro a moderado de álcool reduz o risco de doença cardíaca.
Segundo cientistas americanos, pessoas que bebem alguns copos de álcool por semana vivem mais tempo e têm menor probabilidade de desenvolver doenças cardíacas. Algumas pesquisas sugerem que o alcool exerce um efeito positivo ao reduzir a inflamação das artérias coronárias. Uma equipa da universidade da Flórida lança uma nova luz sobre o alcool e os problemas cardíacos. Estes cientistas observaram um grupo de aproximadamente 2500 adultos entre os 70 e os 79 anos e interrogaram-nos sobre os seus hábitos de consumo de alcool de forma a relacioná-los com os problemas cardíacos e a mortalidade.
Os consumidores ligeiros a moderados de alcool têm menos 30 por cento de risco de doença cardíaca quando comparado com os que não consomem alcool. Além disso o grupo das pessoas que bebem moderadamente vivem mais tempo – com uma redução da mortalidade em 26 por cento. Conforme esperado o grupo de pessoas que bebem em grandes quantidades têm um risco de mortalidade e de doença Cardíaca consideravelmente maior - os efeitos adversos do consumo excessivo de álcool são bem conhecidos.
As pesquisas também mediram os níveis da proteína C e “interleukin-6” que são marcos no processo inflamatório e os resultados sugerem que os benefícios de um ligeiro a moderado consumo de alcool são anti-inflamatórios ajudando as pessoas a viver mais tempo e a evitar doenças cardíacas.

• O álcool e o sono

O álcool, quando consumido a horas de dormir, pode diminuir o tempo necessário para adormecer. Há pessoas que sofrem de insónia e que consomem álcool, devido ao seu efeito sedativo,como meio de promoverem o sono. Mas o álcool consumido uma hora antes de ir dormir parece interromper a segunda metade do período de sono. A pessoa pode dormir irregularmente durante a segunda metade do sono, acordando de sonhos e tornando a adormecer com dificuldade. Um consumo de alcool antes de dormir pode diminuir o efeito de sono induzido pelo álcool enquanto os seus efeitos de interrupção continuam ou aumentam. Esta interrupção do sono pode originar fadiga e sonolência durante as horas do dia. Os riscos são maiores entre os mais velhos. O consumo de álcool às horas de dormir nos idosos pode levar a uma instabilidade se tentarem caminhar durante a noite, com o aumento do risco de quedas e ferimentos. Os efeitos adversos da privação de sono sofrem um aumento seguindo o consumo de álcool. Num simulador de condução, verificou-se que as pessoas a quem se administrou baixas doses de álcool seguindo-se uma noite de sono reduzida, tiveram uma má prestação nesse mesmo simulador. Isto verificou-se mesmo já sem álcool nos seus organismos. Trabalhar por turnos ou fazer viagens rápidas através de várias zonas são situações em que se pode aumentar potencialmente o efeito sedativo do álcool. Uma pessoa pode não reconhecer a dimensão do distúrbio de sono que ocorre sob estas circunstâncias, aumentando o perigo em que a sonolência e o consumo de álcool venham a acontecer.

• Efeitos nocivos do álcool Segundo um artigo publicado no Jornal Expresso, Portugal é o segundo maior consumidor anual de álcool da União Europeia, com uma taxa de 11,2 litros, por habitante ao ano. Aproximadamente ¼ dos acidentes de trabalho acontecem como resultado de um excessivo consumo de álcool. Este tipo de consumo, além de prejudicar a saúde, pode também ser responsável por algumas alterações psicológicas e perturbações na relação com outros trabalhadores. Trabalhar nestas condições leva à falta de concentração, eventuais quedas, comportamentos violentos e conflitos laborais. Para além dos efeitos nocivos sobre a saúde, o álcool cria um mau ambiente, em casa e no trabalho. É também um problema social pois afecta todas as pessoas que estão à volta de quem bebe. Embriaguez, agressividade, tremuras, dores de cabeça, dificuldades de concentração, perda de memória, dificuldades de raciocínio, sonolência e depressão, são alguns dos sintomas que afectam quem trabalha sob os efeitos de álcool e que podem levar a conflitos laborais, a uma diminuição da produtividade e ao absentismo.

5.2 - Factores Político-Legais Nesta área um dos factores mais “pesados” a nível de influência de mercado, são os factores políticos/legais. Isto porque a produção de álcool nomeadamente o Vinho do Porto está sujeita a legislação específica. Neste sentido, têm sido debatidos nos últimos tempos algumas reestruturações no sector pela OCM (Organização Comum de Mercado) do vinho , estando Portugal neste momento em risco de perder fundos e área de cultura, uma vez que os primeiros agricultores a inscreverem-se na campanha (geralmente provenientes de países com maior capacidade de organização) serão aqueles que maiores probabilidades terão de receber os incentivos. Apresentando também alguns aspectos positivos, esta reestruturação prevê medidas de desenvolvimento rural, com o objectivo de fixar jovens agricultores, melhorar a comercialização, desenvolver a formação profissional, apoiar as organizações de produtores e a reforma antecipada com aumentos no orçamento.

5.3 - Factores Económicos

Segundo um artigo retirado do portal da AgroNotícias (2006) existem diversas organizações de ajuda aos produtores e responsáveis do mercado do Vinho do Porto que visam melhores condições de lançamento e promoção do produto.
Por outro lado, existem apoios que ambicionam ser retirados, prejudicando os produtores excedentários que não conseguem aguentar custos elevados de produção que, por consequência aumentariam o preço do Vinho do Porto.
Há também preocupações na linha da frente deste sector, tais como, os efeitos na saúde e a tentativa de ocupação do mercado do vinho do Porto por parte dos americanos usando a designação “Port”. Os portugueses temem que o “Wine Accord” venha permitir a entrada destas marcas americanas no espaço europeu.
De acordo com um outro artigo publicado no Diário Digital (2006) a exportação é cada vez mais um factor importante na economia deste sector e os valores cada vez mais altos de exportações impulsionam o país no mercado estrangeiro.
Torna-se assim necessária uma estratégia de adaptação no sentido de conseguir alcançar os países estrangeiros, cada vez mais consumidores de vinhos portugueses, de forma sólida e sustentada.

5.4 - Factores Socio-Culturais

Conforme publicado no JN online, na região do Douro a taxa de analfabetismo é demasiado alta e existe um elevado índice de envelhecimento. Estes factos contribuem para o elevado atraso das tecnologias de produção em Portugal e a falta de informação legislativa dos pequenos vinicultores. Podemos ainda acrescentar que o PIB per capita desta zona é 50% inferior à média nacional sendo que os grandes investimentos não são de todo possíveis.
Para acrescentar a esta situação, é também em Vila Nova de Gaia onde se encontram os grandes exportadores, sendo que os pequenos produtos durienses passam claramente despercebidos.
O principal problema desta zona é o facto de ser demasiado dependente da produção de vinho, sendo que têm surgido preocupações a nível de tentativas de implementação de outro tipo de negócios.

6. CONCLUSÃO
Com este trabalho podemos tirar diversas conclusões específicas sobre o mercado do Vinho do Porto.
É extraordinária a quantidade de variáveis que podemos analisar apenas no que se refere a este mercado a aos seus consumidores.
Após este estudo sabemos quais as melhores zonas onde incidir, quais os principais concorrentes e qual o perfil da procura e as principais tendências de mercado.
Não podemos obviamente esquecer de que o trabalho de pesquisa realizado nos permite perceber quais os principais factores que têm actualmente impacto neste mercado e de que forma o podem afectar. Assim sendo, existe uma diversidade de factores a afectar o mercado do Vinho do Porto e das bebidas com álcool em geral. Esses factores podem ser de origem económica cruzando-se com características culturais e sociais e até mesmo outros factores políticos e legais. Existem também uma variedade enorme de estudos científicos e tecnológicos que pretendem demonstrar a possibilidade do álcool provocar alterações no campo demográfico. Em suma, podemos concluir que este mercado se revela mais complexo do que aparenta ser.

BIBLIOGRAFIA
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Marktest -Perfil do Consumidor Português 2004, 2005 e 2006

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...arranjos produtivos: A marca “Vinho do Porto” Caio Miralles Departamento de Ciências da Administração, Universidade Federal de Santa Catarina Luis Moretto Departamento de Ciências da Administração, Universidade Federal de Santa Catarina Valentina Gomes Haensel Schmitt Departamento de Ciências da Administração, Universidade Federal de Santa Catarina Resumo. A gestão da marca, enquanto elemento distintivo organizacional, progressivamente, merece atenção especial no mundo dos negócios. Ativo intangível de especial significância cuja gestão profissional é essencial para a construção de sinergias com os objetivos organizacionais e implementação de estratégias de negócio. Este artigo tem como objetivo analisar características inerentes à gestão da marca “Vinho do Porto”, destacando a perspectiva da “marca-país” e relevância da gestão desta como vantagem competitiva, para o produto e país de modo geral, particularmente, num ambiente em que as externalidades positivas são estimuladas, no âmbito do arranjo produtivo. A coleta de dados baseou-se na observação – durante período de vivência em Portugal por um dos autores –, informações levantadas em Institutos relacionados ao Vinho do Porto, empresas comerciantes, e obras publicadas sobre o Vinho. A análise baseou-se em referencial relacionado à gestão de marcas, publicidade, posicionamento e clusters. Destacam-se os esforços das empresas na divulgação da marca no mercado global, Institutos envolvidos e até mesmo do governo, por se tratar de...

Words: 5404 - Pages: 22

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Strategic Implementation for Portugal Wine Internationalization

...PLANO ESTRATÉGICO PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO DO SECTOR DOS VINHOS DE PORTUGAL Documento preparado para a pela ÍNDICE: INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 3 I – CARACTERIZAÇÃO DO SECTOR DO VINHO EM PORTUGAL ...................................................... 4 1. 2. IMPORTÂNCIA DO SECTOR NA ECONOMIA NACIONAL .................................................... 5 IMPORTÂNCIA DAS EXPORTAÇÕES DOS VINHOS PORTUGUESES NO COMÉRCIO MUNDIAL DE VINHO.................................................................................................................. 8 3. CARACTERIZAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES DOS VINHOS PORTUGUESES NOS ÚLTIMOS ANOS ....................................................................................................................................... 14 4. INCENTIVOS DE PROMOÇÃO E INTERNACIONALIZAÇÃO DA FILEIRA: ANÁLISE DA RENTABILIDADE ....................................................................................................................... 19 I I – DIAGNÓSTICO ....................................................................................................................... 24 III - ESTRATÉGIA PARA A INTERNACIONALIZAÇÃO – 2014 / 2017............................................... 26 A - ESTRATÉGIA COLECTIVA (WINES OF PORTUGAL) .............................................................. 28 1. 2. VISÃO E DIRECÇÃO ESTRATÉGICA...

Words: 9452 - Pages: 38

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Porter

...Mercado de Vinhos de Chicago Perspectiva Geral e Principais Conclusões para Portugal Janeiro 2004 Disponível para download no site da ViniPortugal – Secção Estudo Porter www.viniportugal.pt Confidencial Confidential – Draft For Review Índice A. Objectivo deste documento B. Contexto C. Consumidores de Vinhos D. Definição de Preços de Vinhos Portugueses E. Canais F. Implicações e considerações para Portugal 3 3 5 7 9 12 Confidential 2 Confidential – Draft For Review A. Objectivo deste documento Tendo definido Nova Iorque e a Florida como alvos primários, Chicago foi escolhido pelo grupo de trabalho como um mercado-alvo secundário nos EUA. Nesse sentido, o Monitor Group realizou um conjunto de entrevistas com os principais retalhistas e distribuidores, bem como com consumidores, para conhecer melhor o mercado e para verificar a que níveis Portugal poderá actuar para obter o máximo de impacto. Este documento visa resumir as principais conclusões decorrentes dessas entrevistas e as prioridades que os produtores de vinhos portugueses devem ter em conta ao abordar o mercado de vinhos de Chicago. B. Contexto O estado de Illinois, e Chicago em particular, apresenta algumas oportunidades interessantes para os produtores de vinho portugueses devido à dimensão do mercado, no que toca especificamente a vinhos importados e ao tipo de países que actualmente estão a desenvolver campanhas para conquistar esse mercado. • O consumo de vinhos de mesa no Illinois...

Words: 4838 - Pages: 20

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Promotions at Pingo Doce

...Análise Estratégica de Promoções de Venda: Caso Pingo Doce Disciplina de Comunicação Abstract No âmbito da disciplina de Comunicação do Mestrado de Gestão da Universidade Católica Portuguesa – Centro Regional do Porto, é realizada uma análise da alteração estratégica de comunicação e preços, em particular da ferramenta de comunicação: promoção de vendas. Assim, é realizada uma revisão de literatura acerca do tema e uma posterior aplicação na análise do caso prático da promoção de 1 de maio de 2012 levada a cabo pela marca Pingo Doce e de toda a reestruturação posterior da sua estratégia de comunicação. Como forma de análise, é colocado um enfoque nas temáticas de parcerias e de fidelização de clientes através de cartões de desconto. Como tal, são explicadas e analisadas as formas de co-branding e de joint promotions a que o Pingo Doce recorre e é realizada uma análise comparativa entre o Pingo Doce e o Continente e a Tesco, referências nacional e internacional da Grande Distribuição, respetivamente. Assim, conclui-se que o cartão Pingo Doce, quando confrontado com as duas marcas anteriormente referidas, se encontra ainda numa fase de desenvolvimento bastante prematura, com uma oferta mais limitada do que a do Continente e bastante mais limitada do que a da Tesco. Também se conclui que, ao nível das parcerias, o Continente apresenta um leque mais abrangente do que o Pingo Doce. O presente trabalho tem, deste modo, como objetivo final analisar a ancoragem estratégica desta...

Words: 8617 - Pages: 35

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Historia Economica

...Jaime Reis Análise Social, vol. XX (80). 1984-1.º, 7-28 O atraso económico português em perspectiva histórica (1860-1913)* Entre meados do século xix e o começo da primeira guerra mundial, a Europa conheceu um crescimento rápido da produção e ainda mais rápido do seu comércio externo. Embora não houvesse país que não tivesse sido envolvido por este vasto surto expansionista, alguns cresceram muito mais depressa do que outros. Para Portugal, o período foi também de desenvolvimento e expansão, mas, em termos comparados, os resultados foram fracos. Em 1913, a distância que nos separava dos países mais ricos era provavelmente maior do que jamais tinha sido. Se tomarmos como medida o produto nacional per capita a preços constantes, vemos, pelo quadro n.° 1, que, não sendo grande o atraso português em meados do século passado, excepto em relação à Inglaterra, sessenta anos mais tarde já assim não era. O PNB per capita português, que era 86% da média dos países desenvolvidos, tinha passado para 4 5 % . Em contraste, os sessenta anos seguintes, até 1976, foram, deste ponto de vista, muito menos gravosos. Portugal: PNB «per capita» relativamente a outros países [QUADRO N.° 1] Países Alemanha Ocidental Dinamarca França , Hungria Grã-Bretanha Itália Países desenvolvidos 1860 1913 1950 1975 77°/o 93% 75% n. a. 47% 92% 86% 37% 34% 42% 79% 29% 66% 45% 41% 31% 33% 68% 28% 65% 37% 34% 36% 32% 49% 44% 59% 38% European Fonte: P. Bairoch, «Europe's...

Words: 11214 - Pages: 45

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Canal Distribuição - Jaba

...FARMACÊUTICA SA. CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO Alexandre Magalhães – 209182 Gabriel Cruz -202143 Luís Rodrigues – 210083 Manuel Azancot – 210135 Miguel Peralta - 209085 Trabalho realizado para a unidade curricular de Gestão de Canais de distribuição leccionada pelo docente, Luís Valentim RESUMO: Este documento pretende perspectivar a apresentação dos Canais de Distibuição da Empresa Farmacêutica JABA RECORDARTI. . ESCOLA SUPERIOR DE LISBOA, JANEIRO,2013 ÍNDICE INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 4 METODOLOGIA ............................................................................................................................. 4 1. 2. 3. 3.1. 4. 4.1. 4.2. 4.3. 5. 6. ANÁLISE PEST ..................................................................................................................... 5 FORÇAS DE PORTER ......................................................................................................... 9 ANÁLISE DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA EM PORTUGAL ................................11 Desafios do Mercado Interno ......................................................................13 JABA FARMACÊUTICA SA. .............................................................................................15 Visão.....................................................................................................................16 Valores .................

Words: 9761 - Pages: 40

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Tg-001 – Importância Estratégica Da Tecnologia E Da Gestão Da Produção Pós-Graduação Lato Sensu - Tecnologia E Gestão Da Produção de Edifícios – Mba-Up/Tgp

.......................................................................... 3 I- O PLANEJAMENTO ......................................................................................................................................................... 4 1- O QUE É PLANEJAMENTO? ............................................................................................................................................... 4 2- DIMENSÕES DO PLANEJAMENTO: ..................................................................................................................................... 4 3- BENEFÍCIOS DO PLANEJAMENTO: ..................................................................................................................................... 5 II- O PLANEJAMENTO EMPRESARIAL: COMO FAZER ............................................................................................ 6 1- DEFINIÇÃO DE PLANEJAMENTO EMPRESARIAL:................................................................................................................ 6 2- CARACTERÍSTICAS DO PLANEJAMENTO...

Words: 12194 - Pages: 49

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Vila Méã a Concelho

...PROJECTO LEI N.º 210/X “Criação do Concelho de Vila Meã” Situada no extremo ocidental do concelho de Amarante e limitada a norte pelas freguesias de Travanca e Mancelos, a nascente por Banho e Carvalhosa, a sul por Castelões e S. Mamede de Recesinhos e a poente por terras de Lousada, Vila Meã tem uma privilegiada localização geográfica, ocupando uma zona central entre os municípios de Amarante, Penafiel, Marco de Canaveses, Lousada e Felgueiras, de cujas sedes dista entre 10 e 15 Km. Constituída pelas freguesias de Ataíde, Oliveira e Real, Vila Meã é oficialmente vila desde o dia 1 de Fevereiro de 1988. Com uma área total de 12,63 Km2 e uma população de 5.463 habitantes (Censo de 2001), Vila Meã é a sede natural de um conjunto de freguesias que a ela continuam ligadas por laços afectivos, económicos, sociais e culturais. São elas as freguesias de Banho e Carvalhosa (do concelho de Marco de Canaveses), Castelões e S. Mamede de Recesinhos (do concelho de Penafiel), Mancelos e Travanca (do concelho de Amarante). O conjunto das oito freguesias forma um todo harmonioso, com uma área de 44,84 Km2, uma população de 15.880 habitantes (Censo de 2001) e um total de 13.029 eleitores (Outubro de 2005). É, pois, com as freguesias de Ataíde, Banho e Carvalhosa, Castelões, Mancelos, Oliveira, Real, S. Mamede de Recesinhos e Travanca que se pretende a constituição do concelho de Vila Meã, restaurando em parte o antigo concelho de Santa Cruz de Riba Tâmega. SÍNTESE...

Words: 10559 - Pages: 43

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Form

...gestores e formadores DIRIGIR FORMAR 1 out. /dez. 2012 Competitividade Separata ISSN 2182-7532 3€ Mercados e exportação MINISTÉRIO DA ECONOMIA E DO EMPREGO F ICHA TÉCNICA Í NDICE PROPRIEDADE Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P. DIRETOR Octávio Oliveira RESPONSÁVEL EDITORIAL Maria Fernanda Gonçalves COORDENADORA Lídia Spencer Branco APOIO ADMINISTRATIVO Ana Maria Varela COLABORADORES Ana Maria Nogueira, Ana Teresa Penim, Carlos Barbosa de Oliveira, Carlos Fonseca, Fernando Ferreira, J. M. Marques Apolinário, João Cotter Salvado, José Serpa de Vasconcelos, Maria João Ferreira, Nuno Gama de Oliveira Pinto, Ruben Eiras, Teresa Souto, Vanda Vieira e Vitalino José Santos REVISÃO Laurinda Brandão ILUSTRAÇÕES Paulo Cintra e Plinfo Informação, Lda. REDAÇÃO E ASSINATURAS Departamento de Formação Profissional Direção das revistas DIRIGIR&FORMAR Tel.: 21 861 41 00 Ext.: 662342, 662719 e 662106 Fax: 21 861 46 21 Rua de Xabregas, n.º 52 – 1949-003 Lisboa E-mail: dirigir@iefp.pt DATA DE PUBLICAÇÃO outubro de 2012 PERIODICIDADE 4 números/ano CONCEÇÃO GRÁFICA E PAGINAÇÃO Plinfo Informação, Lda. Tel.: 217 936 265 Fax: 217 942 074 plinfo@plinfo.pt CAPA Rita Henriques IMPRESSÃO PERES-SOCTIP Indústrias gráficas, S. A. TIRAGEM 20 000 exemplares CONDIÇÕES DE ASSINATURA Enviar carta com nome completo, data de nascimento, morada, função profissional, empresa onde trabalha e respetiva área de atividade para: Rua de Xabregas, n.º 52 – 1949-003 Lisboa REGISTO Anotada...

Words: 36963 - Pages: 148

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Nada

...J o g o Slots A Sala de Máquinas do Casino da Figueira é uma das mais belas da Europa, combinando modernidade e elegância, classe e requinte. Uma sala aberta para o exterior com enormes entradas de luz natural, totalmente alcatifada para maior conforto dos seus clientes, ricamente decorada e com design inovador. Entre o tipo de máquinas disponíveis destacamos, as de Rolos, Video Rolos, Póquer, Bingo/Keno e Roleta. O Casino da Figueira disponibiliza jackpots e prémios progressivos, através de inúmeras máquinas ligadas entre si para aumentar os prémios acumulados. Os prémios atribuídos são avultados, desde valores de 10.000 Euros até ao prémio mais elevado pago que foi de 850.000 Euros. 3 Bancados A Sala de Jogos Bancados do Casino Figueira é, sem dúvida, uma das mais belas Salas de Jogo do Mundo, proporcionando um ambiente único de modernidade e conforto, sem ferir o classicismo típico de outras épocas. A Banca Francesa, Roleta Americana, Roleta Francesa e Black Jack, constituem o portfólio de jogos bancados, actualmente disponíveis no Casino Figueira. E n t r e t e n i m e n t o e R e s t a u r a ç ã o Salão Caffé TERÇAS Casino Unplugged Concerto acústico em ambiente intimista. Cine Theatro Casino Cinema, teatro, circo,... Com promoção de ciclos nas várias áreas. QUARTAS The Best of Cuba Show internacional repleto de cores e ritmos quentes. De 4ª a Domingo. Quartas Dançantes Jantar e música para dançar, antes e depois do show. 4 QUINTAS Karaoke Música e...

Words: 12135 - Pages: 49