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Burgueses E Proletarios

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Submitted By ligiatira
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BURGUESES E PROLETÁRIOS
A época da burguesia simplificou as relações de classe, resumindo-as a dois grupos: a burguesia e o proletariado.
A burguesia nasceu da queda do feudalismo e da formação da indústria e criou junto com ela a classe trabalhadora, os proletários, os quais submeteu aos seus objetivos.
A sociedade burguesa foi responsável por criações antes inimagináveis tratando-se de comércio, indústria e produção. A sociedade em constante revolução e desenvolvimento levou ao seu crescimento, unindo nações e criando uma universal interdependência.
Mas esse acumulativo desenvolvimento também levou às crises de superprodução, continuamente vencidas, mas recorrentes cada vez em maior escala, criando assim seu processo de auto-destruição.
Com a capitalização das relações, os proletários tornaram-se simples instrumentos de trabalho. As classes médias caem no proletariado, ameaçadas pela concorrência da grande burguesia. Os trabalhadores desenvolvem suas organizações, unindo-se mais a cada luta, consolidando uma classe revolucionária, pronta para ascender enquanto a burguesia se enfraquece.

* Marx: Luta de classes; historicamente existente e transformação. Na Antiguidade, o escravismo. Na Idade Média, o feudalismo. No Sistema Burguês Moderno, o capitalismo. * Capitalismo: produto histórico, luta de classes radicalizada e simplificada, finito, tende à destruição. Busca os elementos de destruição luta de classes e crise de superprodução. * Burguesia: classe revolucionária, constante mudança e instabilidade, criação das relações de mercadoria, produtos e força de trabalho, “revolução/transformação contínua”, competição, capacidade produtiva (sistema capitalista), expansão de mercados (conquista mundial dos mercados), capitalismo e sua reprodução em nível mundial. * Contradição: capacidade produtiva do sistema, relações sociais de produção e relações de produtividade. Superprodução de mercadorias e capital. Leva a crises contínuas (fator que o capitalismo não controla) e busca por novos mercados.
4. Burgueses e Proletários (Marx e Engels)
Este texto foi escrito por encomenda da Liga dos Comunistas e reúne as idéias básicas do marxismo apresentando críticas radicais à modernidade capitalista baseada na filosofia hegeliana do Iluminismo alemão.

4.1 Luta de classes
A história da sociedade se resume a história das lutas de classes que apresenta opressores e oprimidos em constante oposição que termina ou em transformação revolucionária da sociedade inteira ou pela destruição das duas classes em luta.
Assim ocorre também na sociedade burguesa, que não aboliu os antagonismos, mas substituiu por novas classes, que apresentam como diferença das anteriores uma simplificação dos antagonismos, ou seja, divide a sociedade em dois vastos campos: a burguesia e o proletariado.

4.2 A burguesia
A burguesia desempenhou na história um papel eminentemente revolucionário calcado no laço do frio interesse e do cálculo egoísta, antes exercido por patriarcas e senhores. Fez da dignidade um simples valor de troca e em lugar da exploração velada por ilusões religiosas e políticas a burguesia colocou uma exploração aberta, cínica, direta e brutal.
O que difere a época burguesa das anteriores é que ela só pode existir com a condição de revolucionar incessantemente os instrumentos e as relações de produção. Tudo o que era sólido e estável se esfuma e tudo o que era sagrado é profanado. Geram novas necessidades, desenvolvem um intercambio universal, submetem o campo à cidade, criam centros urbanos. A conseqüência necessária dessas transformações foi a centralização política e hoje vemos uma epidemia da superprodução. A sociedade se vê reconduzida a um estado de barbárie momentânea por possuir demasiada civilização, meios de subsistência, industria e comércio fazendo do sistema burguês estreito demais para conter as riquezas criadas por ele mesmo. Os homens que acabarão com a burguesia também foram criados pelo próprio sistema, tratam-se dos proletários.

4.3 O proletário
O proletário é a classe dos operários modernos que buscam trabalho para que este aumente o capital. São vistos como mercadoria e escravos da máquina, e estão sujeitos a todas as flutuações do mercado. O que ocorre é que na medida em que a indústria aumenta também se faz necessário um aumento do numero de proletários, concentrando-os em massas cada vez mais consideráveis. Apesar de nem sempre vencerem seus motins, o resultado da luta dos operários não é o êxito imediato e sim a união cada vez mais ampla dos trabalhadores.

4.4 A luta
O problema reside no fato em que a burguesia não pode mais assegurar a existência de seu escravo uma vez que o operário moderno, longe de se elevar com o progresso da industria, desce cada vez mais. A burguesia deixou esses operários caírem a uma tal situação que deve nutri-lo em lugar de se fazer nutrir por ele.
Assim, a capacidade de produção crescente não acompanha a demanda efetiva dos produtos porque apesar de se criarem riquezas, a pobreza permanece, ou seja, o proletariado, esmagadora maioria, não consegue consumir essa riqueza.

4.5 Idéias centrais
Existe uma dialética de evolução à medida que o progresso se dá através das contradições no sistema burguês. Os autores propõem uma superação ao modelo capitalista, deixando evidentes suas concepções socialistas de, por exemplo, finitude do capitalismo que prega que se o capitalismo não elimina as classes, não é o fim da história.

TEXTO 03 * Burguesia como camada revolucionária: foi a responsável por colocar um fim a teologia e a sociedade estamental e por introduzir o livre-comércio. Revolucionou os meios de produção, as relações de produção e as relações sociais. * Ao mesmo tempo que as transformações burguesas geraram um enorme progresso, e uma interdependência mundial, ela também era acompanhada pelas crises de superprodução, uma vez que o lucro gerado pela indústria não era convertido para a população, gerando um descompasso entre oferta e demanda que levaria ao fim do sistema. * Era fundamental ao sistema capitalista a procura por novos mercados – caso contrário, crise. * Burguesia: será fragilizada por 3 lutas: contra a aristocracia, a própria burguesia (competição) e o operariado. * Para Marx, o sistema capitalista acabaria com: 1. Crises de superprodução 2. Lutas de classes, protagonizados por operários * Operários: se lançariam como camada revolucionária em um âmbito global.

* Eixos Estruturadores 1. Sociedade Capitalista (“burguesa moderna”) Produto histórico e social→ resultado de longo processo de transformação histórica;
Não é o fim da história→ capitalismo tende à finitude
Sociedade capitalista como condição transitória * Noção de Progresso ... 1. Luta de classes e progresso contínuo → elementos estruturadores da dinâmica social;
Pressuposto da existência da luta de classes como motor das transformações históricas:
Antiguidade → Idade Média →Burguesa Moderna * Sociedade Burguesa Moderna
Não elimina os conflitos de classes → apenas os simplifica: Burguesia x Proletariado * Caráter revolucionário da burguesia
Revolução constante dos meios de produção e das relações sociais de produção →instabilidade contínua: “Tudo que é sólido desmancha-se no ar...” * Sociedade burguesa conflituosa e instável... 3. Contradições no mundo capitalista:
Produção social e apropriação privada;
Capacidade produtiva em contradição com a demanda efetiva → colossais forças produtivas tendo como móvel o lucro → contínua expansão dos mercados → crises periódicas de superprodução

* Destruição da sociedade burguesa moderna 4. Proletariado → classe revolucionária
Diferentes momentos de organização →Operários isolados →reunião nas fábricas →organização em sindicatos →partido político revolucionários; 5. Crise incontornável de superprodução

Burgueses e Proletários – Marx e Engels
Momento Histórico(1847-48): tensão que mostrava as contradições do novo mundo (Primavera dos Povos- massa populares insatisfeitas a favor de reformas liberais)
Luta de classes como motor das transformações históricas
Filosofia Hegliana(iluminismo alemão) : o progresso leva a contradições

Capitalismo = mundo transitório
Capitalismo = mundo transitório
O capitalismo não é o fim da historia nem um desenvolvimento natural
O capitalismo não é o fim da historia nem um desenvolvimento natural

Sociedade Capitalista/burguesa: produto histórico de transformações entre os homens
Sociedade Capitalista/burguesa: produto histórico de transformações entre os homens

A antiga organização feudal da industrial (corporações fechadas) já não podia satisfazer as necessidades que cresciam com a abertura de novos mercados a manufatura a substituiu. Industria+comércios+navegações Aumento da burguesia acumulo de capital
Mediam todas as relações humanas
Mediam todas as relações humanas
Imposição das relações de mercado
Imposição das relações de mercado
Papel eminentemente revolucionário
Papel eminentemente revolucionário
Burguesia
Burguesia
Grande industria e Mercado mundial soberania política da burguesia
Causada pela concorrência
Causada pela concorrência
Revolução constante nas formas e relações de produção
Revolução constante nas formas e relações de produção

INSTABILIDADE
INSTABILIDADE

Revolução dos instrumentos – revolução da produção – revolução das relações sociais Tendência globalização – universal interdependência da nações A burguesia submete o campo à cidade Aglomerou as populações centralizou os meios de produção Centralização política No lugar do regime feudal de propriedade estabeleceu-se a livre concorrência Demanda incompatível
Demanda incompatível
Relações sociais não conseguem absorver devido a propriedade privada
Relações sociais não conseguem absorver devido a propriedade privada
SUPERPRODUÇÃO
SUPERPRODUÇÃO
Crises periódicas
Crises periódicas Revoluções técnicas e produtivas aumentam a capacidade produtiva
Revoluções técnicas e produtivas aumentam a capacidade produtiva

A riqueza é socialmente produzida (proletário) mas e privatizada (burguês) A quantidade de trabalho cresce com o desenvolvimento das maquinas e a divisão do trabalho Combates Inicio: proletários x inimigos da burguesia Posteriormente: uniões dos proletários x burgueses Burgueses x aristocracia Burgueses x frações da burguesia Burgueses x estrangeiros A burguesia gera os elementos para a sua própria destruição união dos proletários

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