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Economics

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Apontamentos de Economia Internacional 2010/2011 Por José Carlos Rodrigues Versão Final (104 páginas)

Índice (por capítulos) Primeiro capítulo: As várias abordagens do comércio (Pág.3) Segundo capítulo: A questão da globalização (Pág. 95) Terceiro capítulo: Estratégias de Internacionalização das Empresas (pág. 97)

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Primeiro Capítulo: As várias abordagens do comércio 1 - O Modelo de Ricardo A verdadeira razão para o comércio consiste nas diferenças de eficiência do factor trabalho nos vários países. Se o país necessita de menos horas de trabalho, em termos relativos, para produzir um bem diz-se que tem vantagem comparativa nesse bem. Primeira hipótese: Existe um único factor de produção (L - o trabalho). Segunda hipótese: Vão ser produzidos dois bens (C e W). Terceira hipótese: A tecnologia de produção é simples, pois só existe um factor de produção. Requisitos unitários de trabalho – São o número de horas de trabalho que são necessárias para produzir cada um dos bens. ALC - expressa o número de horas de trabalho necessárias para produzir uma unidade adicional do bem C. ALW - número de horas de trabalho necessárias para produzir uma unidade do bem W. - Vamos representar a fronteira de possibilidades de produção, isto é, as combinações que esgotam as quantidades aplicadas. ALC QC + ALW QW = L QW= + QC F.P.P

Representação gráfica da Fronteira de Possibilidades de Produção: QW ������ ������������������ F.P.P

C.P.P

������ ������������������

QC

Fronteira de Possibilidades de Produção: Dá-nos o conjunto de todos os pontos de produção eficientes. Todas as combinações de produção C e W que esgotam a dotação de trabalho na economia.

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Os pontos abaixo da F.P.P são pontos de produção ineficiente. Os pontos além da F.P.P são pontos inalcançáveis.

CO c,w – Custo de oportunidade – Dá-nos o número de unidades de W que é necessário prescindir (abdicar) para obter uma unidade adicional de C. Para produzir uma unidade de C necessitamos de uma hora de trabalho:

CO c,w =

Quando prescindimos de uma hora de trabalho (ALW) para produzir uma unidade de C.

Contudo não precisamos só de

:

Necessitamos de ALC horas de trabalho: Logo: CO c,w = ALC =

- O custo de oportunidade de C em termos de W é igual ao valor absoluto da inclinação da F.P.P. 1.1 O Modelo de Ricardo em Autarcia - No modelo de Ricardo em autarcia, vamos considerar uma economia fechada ao exterior (sem quaisquer relações internacionais com outras economias), onde só se produz um bem (o bem C). Conjunto de Possibilidades de Produção - Em autarcia, a F.P.P é igual à F.P.C (o conjunto de possibilidades de consume é igual ao conjunto de possibilidades de produção). - Queremos saber a melhor combinação possível a ser escolhida. NOTA: O modelo de Ricardo é um modelo de concorrência perfeita. Se quisermos apurar a condição de equilíbrio em concorrência perfeita: Em que WC é o salário do sector do bem C e WW é o salário do sector do bem W: WC = PC WW= PW WC > WW PC > PW >

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-A economia vai especializar-se na produção do bem C se o seu preço for maior do que o custo de oportunidade . -As pessoas irão mais para trabalhos que produzem bem C e produzir-se-á mais bem C. Produzse apenas bem C. Em autarcia: =

NOTA: Estamos numa economia fechada, sem comércio. 1.2 – O Modelo de Ricardo em Livre Comércio - No modelo de Ricardo em livre comércio vamos ter duas economias (economia doméstica e economia estrangeira). - Para a economia doméstica utilizamos a notação anterior. Para a economia estrangeira utilizamos o símbolo * (asterisco). - Cada uma destas economias produz os bens C e W. Sabemos que a economia estrangeira: H, F C, W ALC * ALW* Número de horas de trabalho necessárias para produzir C,W na economia estrangeira. A economia estrangeira é diferente da doméstica pelas seguintes razões: 1ª A dotação de trabalho é L*. 2ª Os níveis de eficiÊncia são diferentes: < Hipótese: significa que a economia doméstica é mais eficiente a produzir o bem C. Co, Cw é o custo de oportunidade

- Na economia doméstica temos que deixar menos unidades de W para produzir C, logo é mais eficiente a produzir o bem . A economia estrangeira é mais eficiente a produzir o W. Vantajens comparativas: Um pais tem vantagens comparativas se em termos precisar de menos horas de trabalho para produzir esse bem do que o outro país. relativos

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<

H tem vantajem comparativa em C. F tem vantagem comparativa em W

- Qualquer economia tem vantajens comparativas na produção de pelo menos um bem. Vantajem absoluta (modelo de Adam Smith)– Conceito anterior a Ricardo. O que interessa a Smith é comparar os requisitos unitários de trabalho. Um país tem vantagens absolutas se precisar de menos horas de trabalho em termos absolutos para produzir esse bem. ALC < ALC* ALW < ALW* H tem vantajens absolutas em C. H tem vantajens absolutas em W.

NOTA: Uma economia pode ter vantajem absoluta em tudo, contudo não pode ter vantajens relativas a tudo. É preferível que os países se especializem naquilo que são muito melhores a fazer, embora tenham vantajens absolutas em tudo. - Os países só se especializam naquilo em que são mais produtivos. - A generalidade dos modelos permite concluir que existem vantajens da abertura ao exterior. - Vamos traçar a fronteira de possibilidades de produção da economia estrangeira. QW* ������ ������������������

F.P.P C.P.P

������ ������������������

QL*

NOTA: A inclinação da Fronteira de Possibilidades de Produção é mais inclinada na economia estrangeira. ( ) =( ) e ( ) =( )

- A economia doméstica exporta o bem C e importa o bem W. - Numa situação de livre comércio o preço relativo do bem corresponderá a um intervalo delimitado pelos preços em autarcia (preços relativos).

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Vamos introduzir outros conceitos importantes: 1) Procura relativa 2) Oferta relativa Procura relativa (bem C) – Dá-nos o número de unidades procuradas do bem C relativamente ao número de unidades procuradas do bem W. Oferta relativa (bem C) – Número de unidades oferecidas do bem C relativamente ao número de unidades oferecidas do bem W.

������������ ) ������������

C será produzido C será produzido
������������������ ������������������

)

RS

������������������ ������������������ W será produzido ������������ + ������������ ������������ + ������������ RD

W será produzido

(Economia Doméstica – H)) O co

(Economia Estrangeira – F)

������������ ������������
������������������ ������������������

RS - oferta ) C

C

W ������������������ ������������������ RD W ������ ������������������ ������ ������������������ ������������ + ������������ ������������ + ������������

H

F

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O comércio efectua-se pelos seguintes factos: 1) 2) 3) 4) 5) 6) 7) Os recursos são limitados Disparidades geográficas Razões climatéricas Razões históricas Acordos políticos Diferenciação de bens (vertical e horizontal) Mão-de-obra diferenciada e mais barata

Podem ocorrer as seguintes situações: Primeira situação: ) Economia H produz bem C. Economia F produz bem W.

Nota: Quanto maior for QC* mais à direita estamos no gráfico. Terceira situação: ( )< < )  Na economia H: QC= , com QW= 0

 Na economia F: QC* = 0, QW=

 Em que a economia F (estrangeira) produz W e a economia H (doméstica) produz C.  =

Quarta situação: = ) => Economia H produz bem C. Economia F produz bem W.

Quinta situação: > )

Na economia estrangeira produz-se bem C.

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 O preço relativo com comércio corresponde a um valor situado no intervalo cujos limites são os preços relativos em autarcia. Quando as economias se abrem ao exterior os fluxos de comércio fazem com que os preços se equilibrem para um nível intermédio. Pressuposto do modelo: As economias ganham com o comércio, segundo o modelo de Ricardo. 1) Ilustração através de uma representação gráfica: Na economia H (doméstica) QW

F.P.P (LC) F.P.P (A) = F.P.C (A)

������ ������������������

QC

Economia H especializa-se em C Justificação gráfica para o comércio:  A fronteira de possibilidades de consumo desloca-se para cima. Há um alargamento das possibilidades de consumo. Entre A F.P.P (LC) e F.P.P (A) estão as combinações de consumo impossíveis de serem alcançadas em autarcia e alcançáveis com comércio. Na economia estrangeira (F) QW* ������ ������������������

F.P.P (A) = F.P.C

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QC

- Existem agora partes que anteriormente eram inalcançáveis. Demonstração algébrica dos ganhos com o comércio no modelo de Ricardo L= 1hora (Com uma hora de trabalho, ou a economia produz o bem C, ou produz o bem W) Primeiro caso:  Possibilidade da economia doméstica produzir ela própria o bem W, directamente. QW = u.w

Segundo caso:  Possibilidade da economia doméstica especializar-se no bem C e depois trocar (via comércio) para obter W. u.c u.w Via comércio

Preço que agora vigora no mercado O comércio só é vantajoso se: > > (Ambas ganham com o comércio)

Economia H Economia F

Bem C ALC =1h ALC*=6h

Bem W ALW=2h ALW*=3h

Podem ocorrer várias situações: 1) Se ALC < ALC*, a economia H tem vantagem absoluta em C. 2) Se ALW < ALW *, a economia H tem vantagem absoluta em W. 3) CO c,w= 4) CO* c,w = 5) ½ < net lag (efeito líquido) 23

(µ - λ) >0 – mais rápido imita-se do que a procura surge. µ-λ (µ - λ) 0 => Demora mais tempo noutro país a produzir-se o bem do que há procura para esse bem. Limitação: Existem múltiplas dinâmicas tecnológicas distintas. X (A) T2 X MAX

0 T1 T2 µ 00 M T

 Os gráficos apresentam-se na óptica do país inovador. 2) Teoria do Ciclo de Vida do Produto  Os produtos têm um ciclo de vida. Em diferentes fases do ciclo os produtos necessitam de diferentes factores de produção. Três fases de ciclo de vida do produto:  Fase da introdução  Os produtos utilizam mais capital e surge em países abundantes em capital e trabalho mais qualificado.  A partir de determinado momento começa a surgir procura noutros países, países com menor desenvolvimento, mas de desenvolvimento intermédio.  Fase da maturidade  Começa a existir produção nos países de desenvolvimento intermédio (onde há salários médios) mas essa produção é insuficiente para satisfazer as necessidades de consumo, logo continua a existir exportação dos primeiros países. 24

 Standardização  Em que se produzem produtos standard. Estamos na fase final do ciclo de vida do produto. É fundamental reduzir os custos de produção. Ocorre em países, sobretudo, menos desenvolvidos onde os salários médios são mais baixos.  Vai haver comércio porque os países têm dotações factoriais diferentes e importantes para fases diferentes do ciclo de vida do produto. Teoria da Procura Representativa (Linder)  É a melhor explicação para o lado da procura. A primeira coisa que deverá existir é procura interna. Para um bem ser exportado tem de haver procura interna e procura representativa. Representativa não quer dizer mais do que uma procura grande. Três razões para a existência de procura representativa 1) É difícil para os produtores identificarem procura externa para os seus bens. É mais fácil verificar primeiro se existe procura interna e depois externa.  Mesmo que os produtores consigam identificar a procura externa será difícil produzir um bem com as especificações do mercado externo. 2) Mesmo que identifique a procura externa é difícil que que o produtor consiga adaptar a sua produção às mudanças que podem ocorrer (ex: através da procura). 3) Importações potenciais É necessário: - Procura, mas poderá não ser significativa. É necessário existir apenas procura. NOTA: As exportações potenciais são um subconjunto das importações potenciais. O que podemos concluir: - Existirá tanto mais comércio entre dois países quanto mais semelhantes forem as estruturas de procura. Países com estruturas de procura semelhantes realizarão mais comércio entre si. Que outros factores explicam as estruturas de procura de cada país? 1) Cultura 2) Hábitos 3) Tradições 4)Proximidade 5) Nível de vida

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 De todos os factores de que depende a procura de um país há um factor que determina e se sobrepõe aos outros: o rendimento per capita.  Vamos assumir que existe uma correlação positiva elevada entre rendimento per capita e nível de vida (qualidade dos bens). Países com rendimentos per capita mais elevados terão um nível de vida mais levado. Vamos assumir que existem seis gamas de qualidade dos bens:

YB P.C

YA P.C

Y P.C

 Existiria tanto mais comércio quanto mais comércio quanto mais semelhantes forem as estruturas de procura, sendo que a similitude das estruturas de procura aumenta com a similitude dos rendimentos per capita. Logo existirá mais comércio entre países com níveis de rendimento per capita próximos. Nova teoria do Comércio

Vai explicar o comércio intra-ramo Sintetização das Razões para o Comércio: - Vantagens comparativas. Níveis diferentes de tecnologia nos factores de produção. -Modelo de HO diz que os países têm dotações factoriais diferentes. -Abordagem neo-factorial – heterogeneidade do factor trabalho e dotações factoriais diferentes. - Teoria do gap tecnológico – A dinâmica tecnológica – a tecnologia não é constante ao longo do tempo, uma nova forma de encarar a tecnologia. 26

- Teoria do ciclo de vida do produto – os bens têm um determinado ciclo de vida onde predominam factores de produção distintos. - Existirá mais comércio se existirem semelhanças das estruturas de procura (Linder).

A Existência de Economias de Escala  Há vantagem por parte dos países em estes se especializarem no número mais reduzido de bens.  Nos modelos anteriores trabalhámos com rendimentos constantes à escala. Agora trabalhamos com rendimentos crescentes à escala. L 10 15 20 25 30 35 Y 5 10 15 20 25 30 2 1,5 1,3(3) 1,25 1,2 1.16(6)

Y – Quantidade de bens L – Trabalho  Imaginemos que existem dois países que produzem certa quantidade de bens, recorrendo a trabalho (L).  A especialização levaria à poupança de recursos. Produz-se a mesma quantidade de bens mas com menos recursos. Ex:  Anteriormente cada país levava 15h de trabalho para produzir 10 unidades de Y. Agora leva menos 5h de trabalho para produzir o mesmo que antes. Se existirem economias de escala é vantajoso que os países se especializem num número menor de bens, para aqueles que produzem serem produzidos numa escala de produção maior.  Aproveitamento de economias de escala sem que isso prejudique os níveis de consumo, isto é, que limite o acesso a determinados bens. O papel do comércio é garantir que os países beneficiem das economias de escala sem limitar o consumo.

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Impacto da Existência de Economias de Escala Distinção de economias de escala:  Qual o impacto na estrutura de mercado das economias de escala. Esse impacto vai depender do tipo de economias de escala.  Existem economias de escala internas se o custo médio de produção depender da dimensão da empresa mas não necessariamente da dimensão da indústria.  Pelo contrário, se o custo médio de produção depender negativamente da dimensão da indústria, mas não necessariamente da dimensão da indústria (empresa) estamos perante economias externas.  No caso de existirem economias internas, vão existir poucas empresas, mas cada uma produzindo numa escala mais significativa.

 Cenário típico de concorrência imperfeita.  Se existirem economias de escala externas não há existência grandes empresas. Teremos muitas empresas a produzir em pequena escala.

 Concorrência perfeita (semelhante)  Vamos concentrar-nos no caso das economias de escala internas: Modelo com Economias de Escala Internas  Estamos num contexto de concorrência imperfeita.  Duas consequências das economias de escala internas são o monopólio e o oligopólio.  Analisemos este modelo em concorrência monopolista. Os principais inspiradores do modelo: 1) Helpman 2) Krugman 3) Brander Em concorrência monopolista existem várias diferenças: 1) Cada empresa vai produzir um bem diferenciado. Em certa medida é um monopolista naquela variedade de bem. Vai produzir uma variedade deferente de um bem diferenciado. Diferenciação explica o comércio intra-ramo (no mesmo sector). 2) Cada empresa assume os preços das restantes empresas como um dado. Modelo sem comércio: 28

1)Existe uma economia fechada. 2)Cada empresa vai produzir uma variedade diferenciada 3)Cada empresa vai comporta-se como monopolista 4) As empresas são iguais, enfrentam a mesma função de procura e a mesma função de custos. Função de Procura: Q= S [ b(P– )]

Q - Procura dirigida a cada empresa depende de quatro variáveis: 1) Dimensão da indústria (depende positivamente). Quanto maior a dimensão maior a procura. 2) Número de empresas existentes no sector e número de variedades do bem existentes no sector influencia negativamente a procura. 3) Preço praticado pela empresa (depende negativamente) 4) Depende do preço médio das empresas concorrentes ( ̅ ). Depende positivamente.  A única forma de a empresa ganhar procura (quota de mercado) é praticar preços abaixo das outras empresas. NOTA: S é um valor fixo.  Uma empresa só consegue obter mais procura à custa das outras. Vamos assumir que é constante a dimensão da empresa.  Se todas as empresas são iguais e praticam o mesmo preço, tendo assim a mesma quota de mercado. P = ̅ => Q = => Mesma quota de mercado Função de custo  Tem de evidenciar a existência de economias de escala. F= Custo fixo C=Custo marginal CT= F + C Q

CME=

= +C

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= Q= S [ b (P – )]

Custo médio decresce com a dimensão (economias de escala)

CT= F + CQ => CME= + C  Para determinar o equilíbrio do modelo: 1ª fase – Determinar a relação 2º fase – Estabelecer a relação entre o preço e o número variedades (P,n) 3º fase – Juntar as duas partes e vera implicação da abertura ao comércio. Procura dirigida a cada empresa: P= ̅ => Q= CT = F + CQ => cme= + C cme= +C (1) cme=
������������ ������

+C

 Quanto maior o n (quanto maior o número de empresas) maior o custo médio.  Este é um modelo que incorpora a existência economias e escala.

 Mantendo S fixo, a escala de produção de cada empresa vai diminuindo. 1) Estamos num modelo com economias de escala. Assume-se S fixo (procura dirigida a toda a indústria). Quando tivermos um número maior de empresas, o S vai ser dirigido a um maior número de empresas, logo cada empresa vai produzir a uma escala menor, e logo o custo médio vai ser mais elevado.

Há uma relação entre custo médio e número de empresas Uma outra forma de representar a função de procura: Q= S [ – b. ( P - ̅ )]  Q = + S.b ̅ – S.b.P

A

B

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 Se tivermos uma função deste tipo, podemos ter uma função: RMg = P A= + S.b. ̅ RMg = P B = S.bP

Maximização do Lucro

Max

=> RMg = CMg  P -

=CP-

= C  (2) P = C + ������������

Relação entre o preço e o número de empresas existentes

Nota: Quando n aumenta P diminui (relação – simples efeito de concorrência). Esta função depende de um efeito de concorrência. 2) Relacionamento dos dois conceitos

Cme = CMe, P

������������ ������

+ C - (1) Condição 1

CMee, Pe

P= C + ������������

N1

Ne

N2

N

Número de empresas de equilíbrio

A partir dai achamos o preço e a procura dirigida a cada empresa

Equilíbrio estável

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 Diz-se que o equilíbrio é estável se por uma qualquer razão nos afastarmos do equilíbrio existirem mecanismos económicos que nos fazem retomar o equilíbrio inicial. De ne para n1 o preço é maior que cme, já em n2 o cme é maior que o preço. Quais as implicações de abrir a economia ao comércio? 1) Assumimos que existem dois países: um país nacional e um país estrangeiro. 2) Os países são idênticos – para afastar as explicações para o comércio anteriormente estudados. 3) Passa a existir livre comércio entre as duas economias. Estas são idênticas e realizam livre comércio. O que vai mudar neste modelo?  Passamos a ter dois países (dois mercados) e o comércio traduz-se no aumento de S.  Alarga-se dimensão da indústria. (1) Cme = (2) P = C + + 1 => Cme = => P= C + +C

 Se tivermos um S maior a dividir pelo mesmo número de empresas há efeitos provenientes das economias de escala.  Vão beneficiar de maior procura e terão, assim, economias de escala. Cme= Cme, P Cme=
������������ ������

+C
������������ ������

+C

E0 Cmee=Pe Cmee=Pe E1

P= C + ������������

N0e N1e 32

n

As implicações do comércio são duas: Nota: O comércio traduz-se num aumento de F. 1) O n aumenta (número de variedades) 2) O preço praticado por cada uma dessas variedades diminui.  A abertura da economia ao comércio traz benefícios que se traduzem naquelas duas implicações.

 Traduz-se numa maior oferta de variedades e por outro lado o preço praticado é mais baixo. Qual o padrão de especialização? Hipóteses para se obter determinados resultados (determinar o padrão de especialização) 1) 2) 3) 4) 5) 6) 7) 8) Existem dois países: nacional e internacional. Em cada país existem dois factores de produção – capital e trabalho. O país nacional é abundante em capital. Existem dois sectores: indústria de bens alimentares (F) e indústria transformadora (M). O sector industrial é intensivo em capital e o sector F é intensivo em trabalho. O sector M funciona em concorrência monopolista e produz bens diferenciados. F um bem homogéneo. As preferências dos consumidores são iguais nos dois países. Existe livre comércio.

ED

M

F

Comércio intra-ramo

RM

ED – Economia doméstica deveria exportar o bem intensivo em capital (M). RM – Economia Resto do Mundo deveria exportar o bem intensivo em trabalho.  Dentro deste sector, existem fluxos entre os dois países do bem M.

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ED M F

Inter – comércio – comércio inter-ramo

RM

CIR – comércio – comércio intra-ramo

M – Vai exportar M mais do que vai importar desse bem. 1) Vantagem comparativa dos países é um aspecto fundamental que explica o comércio inter-ramo entre países. 2) O comércio intra-ramo já não é explicado pela vantagem comparativa, mas pelas preferências dos consumidores e pela existência de economias de escala. 3) O padrão concreto de comércio intra-ramo é indeterminado. Tudo o que o modelo diz é que os países vão especializar-se em determinados variedades, mas não concretamente. 4) O preço relativo do comércio depende o comércio inter-ramo e do CIR. Quanto maiores as diferenças das dotações factoriais dos países maior será o peso do comércio inter-ramo. Limitação deste modelo  Decorre da última conclusão. Este modelo está a assumir um tipo concreto de comércio intra-ramo (horizontal), ou seja de bens diferenciados, bens de características diferentes.  Podemos ter o comércio intra-ramo vertical – bens diferenciados pela qualidade.  As análises empíricas dizem: os países especializam-se em gamas de qualidade diferente. Uma das possíveis consequências da concorrência imperfeita: dumping e dumping recíproco. Dumping  Podemos falar de discriminação de preços quando uma empresa pratica preços distintos em mercados distintos.  Um caso particular de discriminação de preços é o dumping.  Dumping consiste numa prática de discriminação de preços em que o preço praticado no mercado externo é mais baixo do que o preço praticado no mercado interno. Três condições são necessárias para existir dumping: 1) Estrutura de mercado em concorrência imperfeita. Tem a ver com a capacidade que as empresas têm para influenciar o preço. Em concorrência perfeita são price-takers (tomadores de preço). 34

2) Temos que estar perante mercados segmentados: mercados interno e externo.

Os consumidores de dado mercado não podem comprar bens de outro mercado com grau de facilidade de facilidade. Os consumidores nacionais não conseguem facilmente aceder aos mercados externos.

Se a empresa praticar preços mais baixos no mercado externos. Ilustração a existência de dumping  Uma empresa pode vender para dois mercados: mercado interno e externo. Ex: 1000 u.x 20 u.m (mercado interno) 100 u.x  15u.m (mercado externo)  Se a empresa quiser vender mais unidades do bem tem de o vender a um preço mais baixo (baixando 1 cêntimo).  Onde é que a empresa tem vantagem em vender a unidade adicional do bem? No mercado interno porque a receita é maior. Mercado interno 1000u.x  20 u.m  Rmg = 19,99 – 10 = 9,99 u.m Com: 10 =1000 Mercado Externo 100 u.x  15 u.m  RMg = 14, 99 – 1 = 13, 99 u.m Com 1 = 100 * 0,01  Pelo facto de existir um grau de adaptação diferente nos dois mercados, o nível de quota de mercado é maior no mercado interno.  A empresa é mais sensível a variações dos preços no mercado externo. 0,01

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Representação gráfica: PC P P* A B

CMg

RMg = CMg (válida) D * = RMg *

P RMg QD X: Exportações QM D Q

 Vamos supor que existe um monopolista que vende para os dois mercados (MI ME).  No mercado interno, o monopolista enfrenta a curva de procura com configuração normal. No mercado externo verifica-se uma situação de grande sensibilidade à variação os preços e a curva da procura é infinitamente elástica.  Vamos assumir uma procura infinitamente elástica.  Assumimos que os mercados são segmentados e que existe uma única curva de custos marginas.  Vamos ver qual é que vai ser o nível de produção em ambos os mercados. Precisamos de saber quanto é vendido no mercado interno e quanto é vendido no mercado externo. A soma dessas produções é a produção global. Precisamos de saber o preço no mercado interno e no Mercado Externo RMg = CMg  Vamos procurar determinar RMg nos dois mercados.  No mercado interno temos uma curva de procura normal.  No mercado externo a curva da receita marginal externa é a mesma de D* (PMg *).  Se só existisse MI, o ponto de produção seria P.  Há segmentos válidos de cada curva No pontoa A a receita marginal interna é igual à curva da receita marginal externa. Antes, a receita marginal interna é maior. Já depois de A, a receita marginal externa é maior.

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Curva de Receita Marginal Efectiva (válida)  A partir de P só compensa o Mercado Externo. B – Ponto de produção da economia - segmento válido da receita marginal intersecta o custo marginal. Quantidade que vai produzir será QM – quantidade de monopólio.  Qd é a quantidade produzido no mercado interno.  Igualando o custo marginal à RMg obtém-se o ponto de produção: Notas: QM – Quantidade total QD – Quantidade de MI QM – QD – Quantidade de ME Preço do mercado interno: P Preço do mercado externo: P*  Contamos que o preço no mercado externo é menor que o preço do mercado: P* < P.

 Dumping  A possibilidade da existência de dumping ocorre porque a elasticidade procura – preço no mercado interno ser diferente da elasticidade procura – preço no mercado no mercado externo. Elasticidade procura – preço - variação percentual registada na consequentemente nas vendas decorrente de um aumento de 1% no preço. procura e

 Em concreto as empresas vão praticar um preço mais baixo (inferior) no mercado onde a elasticidade procura – preço for maior (onde a sensibilidade ao preço é maior).  No mercado externo a elasticidade procura-preço é maior pois há maior sensibilidade ao preço (elasticidade). 3) Terceira condição para existência de dumping:  Para que exista dumping é também necessário que a elasticidade procura-preço seja maior no mercado externo.

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Dumping recíproco: Hipóteses: 1) Vamos existir que existem dois monopolistas, um em cada economia e que produzem o mesmo bem. 2) A estrutura de custos é igual 3) Existem custos de transporte positivos nas duas economias.  Se as duas empresas praticassem o mesmo preço nos dois mercados não existiria comércio porque no ME existem custos de transporte que fazem aumentar o preço.  Vale a pena praticar um preço mais baixo no ME enquanto se verificar que a receita marginal exceder a soma do custo marginal com os custos de transporte (custos totais).  A prática de dumping será vantajosa para a empresa enquanto a receita marginal for superior aos custos totais. Custos de transportes – quanto mais altos os custos de transportes menos vantajoso é o dumping.  Quando os custos e transportes são muito elevados é mais difícil a prática de dumping. Dumping recíproco – é o comércio de um bem homogéneo, ou seja, o mesmo bem é transaccionado entre os dois mercados. Comércio intra-ramo de um bem homogéneo. Benefícios de Dumping Recíproco  A existência de dumping recíproco introduz concorrência no mercado, com vantagens em termos de preço. Desvantagens  De certa medida é estranho que o mesmo bem esteja a ser transaccionado nos dois sentidos com custos de transporte positivos: desperdício de recursos.  Depende da força relativa dos benefícios e desvantagens.  Isto fecha a parte das economias de escala internas. Economias de Escala Externas  O custo médio é decrescente com a dimensão da própria indústria. Definição: Fenómeno de concentração no espaço em que as empresas de determinado sector tendem a concentrar-se no espaço. Vamos passar para a vertente das economias de escala externas  Quando o custo médio depende da dimensão da indústria como um todo existem economias de escala externas.

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 A estrutura de mercado é próxima de concorrência perfeita sem economias de escala internas e com muitas empresas. Que vantagens / razões justificam a concentração do espaço em determinado sector de actividade? Três razões de Marshall: 1) Porque essa concentração permite suportar a existência de fornecedores especializados e outros serviços de apoio. 2) Essa concentração permite formar uma bolsa de trabalhadores 3) Porque permite a geração de externalidades de conhecimento, ou spillovers.

1) Exemplo: serviço de consultoria  Se tivermos empresas dispersas no espaço, não existe procura suficiente para essas empresas se localizarem no espaço. É necessário que exista massa crítica suficiente.

 Tendem a concentrar-se perto das grandes aglomerações.

 Vão querer localizar-se onde existem serviços de apoio.

 Dá origem ao mecanismo de causalidade circular e cumulativa.

 Quanto mais serviços de apoio, maior a actividade económica.

São uma primeira razão para as empresas se encontrarem no espaço. 2) Exemplo: A bolsa de trabalhadores  Se tivermos uma forte concentração de dado sector de actividade, isso vai permitir que exista uma dada concentração de trabalhadores especializados nesse sector.

 Vantajoso para as empresas, pois mais facilmente acedem a trabalhos especializados e vantajoso para os trabalhadores, pois pode permitem uma maior inserção no mercado de trabalho.

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3) Spillovers  Consistem na transacção que pode ser voluntária ou involuntária de conhecimento sem que exista pagamento por essa transferência de conhecimento.

 Transferência de conhecimento em que não existe pagamento.

 Pode passar por uma forma tácita, não escrita (conversas entre os dirigentes, trabalhos).

 São fenómenos relevantes e uma das razões principais da captação de IDE. Essa forma só pode acontecer se as empresas estiverem geograficamente próximas.  Vamos procurar relacionar economias de escala externas e comércio internacional.

As duas implicações mais importantes da existência de economias de escala externas relacionadas com o comércio 1) Existindo economias de escala externas podem subsistir padrões indesejados de especialização. Não é necessário que sejam os países mais eficientes a produzir os bens 2) Existindo economias de escala externas podem permanecer/acontecer que os países percam com o comércio.  Os países podem perder com o comércio se existirem esse tipo de economias de escala externas. Ideia central: Na existência de economias de escala externas os países que se iniciam e que são grandes produtores de um bem tendem a manter essa grande especialização desse bem, mesmo que existam outros produtores mais eficientes na produção desse bem. Hipóteses: 1) 2) 3) 4) 5) Existem dois países: Suíça e Tailândia Suíça e Tailândia produzem relógios Os custos médios de produção decrescem com a quantidade produzida. Existem muitas pequenas empresas (contexto próximo de concorrência perfeita). Os salários (único factor de produção) são mais baixos na Tailândia, qualquer que seja o nível de produção. 6) A Suíça é pioneira na indústria dos relógios.

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 Aparentemente devia-se produzir na Tailândia, onde os custos de produção são mais baixos, contudo quando existem economias e escala externas não é isso que se verifica.

1) Demonstração gráfica da afirmação anterior: os padrões indesejados de especialização P,C

P1

E1 CMe S B CMe T DN Q1

CMe => Custo médio da Suíça CMe T => Custo médio da Tailândia  Acontece que a Suíça é pioneira na indústria de relógios e o gráfico confere as hipóteses anteriores.  No ponto e1 (equilíbrio inicial onde o Suíça é pioneira) vai-se produzir a quantidade Q1 e o preço P1.  Se a Tailândia produzisse relógios, o equilíbrio mundial seria B.  Para as quantidades iniciais a Tailândia enfrenta barreiras à entrada, pois a Suíça já iniciou de economias de escala.  A Tailândia não consegue entrar no mercado com o preço competitivo.  A barreira à entrada decorre do preço existente no mercado ser mais baixo do que o preço que a Tailândia consegue praticar num nível elevado de produção. Acidente histórico – A Suíça já está instalada no mercado e já beneficiou de economias de escala e, portanto, faz sentido ser a única produtora de relógios.

S

Q

41

2) Existindo economias de escala externas, os países podem perder com o comércio  A Tailândia pode perder com o comércio. Demonstração gráfica da afirmação da 2) P,C

E1 P1 E2 P2 CMs CMT DT Q2 Q1 DS

Q

 Vamos ver qual seria o equilíbrio se a Tailândia produzisse para si própria.  Vamos comparar esta última situação em autarcia com a situação de comércio.  Vamos procurar demonstrar que em autarcia a Tailândia ganha mais.  Em autarcia o equilíbrio que existia na indústria tailandesa caso se fechasse ao comércio é e2. Produz Q2 e vende ao preço P2.  Hipótese meramente hipotética, caso estivesse em autarcia.  Contudo o verdadeiro e efectivo equilíbrio é e1, onde a Suíça produz Q1 e vende ao peço P1 (equilíbrio real). A Tailândia importa relógios ao preço P1. Conclusão: A Tailândia pode perder com o comércio, no sentido em que vai importar relógios a preço superior àquele que ela conseguiria praticar se se produzisse numa situação de autarcia. A situação de comércio é desvantajosa para a Tailândia.  A partir dessa análise surge um argumento teórico: seria vantajoso em termos internacionais se a Tailândia produzisse relógios.

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Argumento: Indústria nascente – argumento utilizado para proteger certos países.  Argumento utilizado para proteger certos países. Excepção em que se permite proteccionismo à Tailândia.  Materializa-se no direito aduaneiro numa taxa imposta às importações suíças.  A Tailândia pode acrescentar / aumentar o preço (custo de produção mais o direito aduaneiro) Aumentando o preço dos relógios suíços, os relógios tailandeses tornam-se competitivos.  Se a produção tailandesa for protegida, então pode nascer e pode começar a beneficiar de economias de escala. Vai-se tornando cada vez mais eficiente a produzir relógios.  Pode acontecer que ela seja a mais eficiente a produzir relógios.  O argumento da indústria nascente é temporário. Uma vez beneficiando de economias de escala, deixa de existir. Distinção entre economias de escala dinâmicas e não dinâmicas:  Todos os tipos de economias de escala analisadas até agora não são dinâmicos.  Correspondem à situação em que o custo médio depende do nível de produção actual (naquele momento).  Economias de escala não dinâmicas Economias de escala dinâmicas – O custo médio de produção não dependem do nível de produção actual, mas do nível de produção ao longo o tempo. Que metodologias podemos utilizar para estudarmos os perfis de especialização.  Estamos muitas dependentes? A nossa estrutura de exportações é diversificada? Que concorrência se faz nesse mercado? É elevada ou é baixa? Está aumentar ou a diminuir?  Qual seria o impacto no nosso comércio? Que nível de concorrência temos com as exportações indianas, por exemplo? Metodologias de análise do comércio 1) Definir o espaço de análise do comércio 1.1) Qual o espaço global que estamos a analisar? 1.2) Definir que desagregação especial estamos a estudar (ex.: desagregação por países) Podemos fazer esta análise por países ou por regiões. Questão: Como vamos particionar o espaço global?

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2) Definir quais os sectores e actividade que estamos a analisar (sectores totais ou alguns deles). Definimos também a desagregação sectorial, isto é, a nomenclatura dos sectores. CTCI – classificação tipo para o comércio internacional.  Nomenclatura combinada – envolve mais do que 10000 produtos (NC). Definimos os sectores. 3) Definição do período de análise (o tempo de análise). 4) Qual a variável que vamos utilizar para medir o perfil de especialização. No caso do perfil de especialização das economias utilizam-se as exportações para a análise deste perfil. -Produção Outras variáveis de análise -VAB -Emprego -Número de trabalhadores

5) Sector e espaço-padrão (definição)  Nalguns indicadores é exigida uma comparação e uma economia que serve de referência.  Esse padrão são os agregados que nós definimos (ex: totalidade de espaço) e vamos comparar esse padrão com as unidades.  Necessitamos de um sector-padrão e um espaço-padrão.  Vamos assumir que estamos a trabalhar com países. Índice i => serve para definir os países. Índice j => representa os sectores i = 1,2,…, I j = 1,2…, J P => espaço-padrão Q => Sector-padrão t = análise realizado num dado período de tempo t. x => Variável exportações Matriz de informação de base – Onde temos reunidas as explorações para cada país.

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X11 … x1i … x1I Xj1 X= (J * I) . . … xji … xjI . . . . xjI

Xy1 … xyi …

xi XJI - => Valor das exportações de m país I no sector J. Xi= ∑ Xj= ∑ Xi= ∑ Xj=∑ => Somando cada uma das colunas. => Somando cada uma das linhas (colunas) - Dá-nos o total das exportações dos países (linhas) - Dá-nos o total das exportações dos sectores Dois tipos de análise: análise em linha e análise em coluna  Vamos fazer uma análise de especialização dos países. Queremos saber em que sectores os países se especializaram (análise de especialização dos países).  Análise de localização dos sectores: de que países provêm as exportações de cada sector.  Vamos fazer uma análise da especialização dos países para respondermos às questões que colocámos. Vamos construir uma nova matriz:

V11 …

V1i



V1I

V= (Y * I)

Vj1



Vji



VjI

VY1



VYi



VYI

Com: Vji = 45

Observações: 1) 2) 3) 4) Ao contrário da matriz x esta matriz só se lê em coluna. Vji => dá-nos o peso do sector j no total das exportações do país O peso da totalidade dos sectores é 1 Cada coluna desta matriz é um vector que nos dá a distribuição sectorial das exportações de cada país.

Três tipos de análise (três questões a colocar) 1) Transformação estrutural  Queremos saber se uma estrutura de especialização da economia mudou muito ou pouco ao longo do tempo. 2) A estrutura de exportações de uma economia é diversificada ou está muito dependente de alguns sectores?  Se for um sector que vale 30% terá um impacte na economia (concentração absoluta) 3) Concentração relativa Queremos saber qual o grau de semelhança entre as estruturas de exportação de dois espaços económicos. A nossa estrutura de produção é semelhante à estrutura de produção espanhola?  Se Portugal e Noruega exportarem o mesmo produto (mesmo sector) então há concorrência? Concentração absoluta (indicadores absolutos) – nos indicadores absolutos apenas se olha para a estrutura de exportações daquele país analisado. Não comparam o país com nada. Concentração relativa (indicadores relativos) - Necessitamos de um padrão. Comparamos a estrutura de exportação de um dado país com um espaço global que serve de padrão.  Imaginemos que queremos analisar a evolução da estrutura de exportações do país em dois momentos de tempo. Primeira questão: Transformação estrutural Índice de Lawrence Ti= B ∑ Com: B= ½  Usamos este índice para analisarmos o grau de transformação estrutural. Ti ϵ [0,1] => Intervalo de variação => Comparamos dois momentos de tempo

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 Se o índice for 0 é porque não houve transformação estrutural. Se não houve qualquer grau de transformação estrutural.  Se for 1 é porque o país exporta num dado período uma coisa e no outro período outra coisa. Exporta coisas diferentes.  Quanto maior o índice maior o grau de transformação estrutural. Segundo questão: concentração absoluta  Dentro da segunda questão uma das possíveis soluções é o índice de Herfindhal. 1) Hi = ∑  Este indicador varia no seguinte intervalo: Hi ϵ [ ; 1]  Assumirá o valor de 1 se um só sector concentrar a totalidade das exportações.  Quanto maior o índice mais concentrado o valor das exportações. 2) Índice Absoluto de Especialização  É outro absoluto: Ei (A) = ∑ Com: Ei (A) ϵ [0; ] |

 Será zero se existir diversificação máxima, isto é, se todos os sectores tiverem o mesmo peso.  Indicadores alternativos podem, ou não, traduzir conclusões alternativas. Podem traduzir a mesma conclusão ou não. Nota: Os resultados são sensíveis ao índice escolhido. Em 1) estamos a dar mais peso aos sectores que apresentam uma dimensão maior (índice de Herfindhal). Em 2) ponderamos os sectores todos por igual. Índice de Concentração  C 50% =>ex.

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Terceira questão: concentração relativa  Vamos comparar a estrutura de um país com a estrutura de um espaço-padrão. Índice de Krugman Ei = B ∑ Com Ei ϵ [0,1 [ B= 1/2 Nota: O intervalo aberto deve-se ao facto do pais poder pertencer ao espaço-padrão. => P= espaço-padrão

A C B  Se o índice for zero, significa similaridade estrutural máxima.  Só é um quando o país em análise não está no espaço-padrão.  Quanto maior o índice de Krugman mais diferentes são as estruturas dos países.  Com índice de Krugman podemos comparar a estrutura de um país com a estrutura de produção de um espaço-padrão. Ex: Com o índice de Krugman podemos comparar a estrutura de produção portuguesa com a estrutura de produção espanhola.  Podemos alterar este índice de forma a realizarmos comparações bilaterais: Assumimos: B=1/2  Neste novo caso vamos comparar o peso de um sector j no país i com o peso do sector j no país h. Eih= B ∑ B= ½ => Eih ϵ[0;1]  Quanto maior o valor do intervalo maiores as disparidades (dissemelhança máxima) => quando um país exporta coisas diferentes de outro país.  Será 0 (zero) quando todos os sectores tiverem exactamente o mesmo peso nos países => similaridade máxima.  Se o índice vai diminuindo diz-se que existe convergência, fala-se em convergência estrutural (entre os sectores). As estruturas vão-se tornando mais semelhantes. 48

Índice de Vantagem Comparativa Revelada  Um valor para cada por país – sector. Usa mais informação do que os índices anteriores e é um índice mais detalhado. Contudo mais informação dificulta a leitura. Está relacionado com a vantagem comparativa (deriva do conceito de vantagem comparativa).  Se um dado sector te um peso maior do que o espaço-padrão, então tem vantagem comparativa nesse sector, devendo especializar-se nesse sector.  Vamos comparar o peso do sector j no país i com o peso que esse sector no espaço-padrão.  Leitura: Se o sector tiver um peso maior no país em análise, então isso deve-se ao facto desse país ter vantagem comparativa nesse sector. Esse sector é mais importante nessa economia do que nas outras.

VCRji =

>1 => O país i tem vantagem comparativa no sector j. >1 => O país i não tem vantagem comparativa no sector j.

 Nós assistimos à especialização dos países em sectores diferentes e por gamas de qualidade diferente.  Um passo adicional na análise é introduzir a análise de especialização.  Temos que arranjar um critério que diferencie as gamas de qualidade.  Nova metodologia: Vantagem comparativa revelada Novo problema: como medir o nível de qualidade dos produtos? Solução: Quantificamos a qualidade dos produtos através do seu preço (preço como medida da qualidade).  Quando consideramos um conjunto heterogéneo a análise pelo preço não fidedigna.  Como podemos minorar este problema? Através da desagregação dos produtos (o preço como indicador aproximado da qualidade). Ψj = =>  Exp. Em valor  Exp. Em quantidade

Vamos assumir três casos possíveis: 1) Ψj > (1 + α) 2) 3) Ψj < Grande diferença de preços entre os países=> países com diferenças de qualidade ≤ Ψj ≤ (1+

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 Se a diferença de preços for relativamente pequena, então existem gamas de qualidade diferente.  Se existir uma diferença que seja maior que 15% há uma gama de qualidade diferente (valor estipulado na análise). Quando fixamos valores subjectivos podemos testar valores alternativos. Se α= 0,25, estamos a ser mais exigentes.  Se a diferença entre α= 0,15 e α= 0,25 for grande, então o nosso estudo está fragilizado.  Se (1+α) for maior que 0,15 o valor unitário das exportações do sector j no país i excede o valor unitário das exportações do mesmo sector no espaço-padrão. Exportações de gama alta Bens de qualidade superior 1) Ψj > (1+ α) – gama alta 2) 3) Ψj < Ψj + α) – gama média

– gama baixa Outro tipo de metodologia para quantificar os tipos de comércio

Metodologias para quantificar os tipos de comércio

Queremos um indicador que nos diga quanto é a percentagem do comércio intra e interramo no total de comércio total.

Comércio intra-ramo Comércio total Comércio inter-ramo

Inter (x%) (0,59) Total CIR (intra-ramo) Y% (1-x%) CIR H (h%) 50 CIR V (V%) CIR V inferior (V2%) CIR V superior (V1%)

V% + h% = y V1+ V2%= y Horizontal Comércio Vertical 1) Comércio intra-ramo horizontal => comércio de bens diferenciados pelas características. 2) Comércio intra-ramo vertical => comércio de bens diferenciados pela qualidade.  No caso do comércio intra-ramo vertical, podemos desagregar em superior ou inferior.  Quando um país exporta a uma qualidade média superior à das importações estamos no caso do comércio CIR superior.  Quando um país exporta a uma qualidade média inferior à das importações então é o caso do CIR inferior. A C B  Um indicador dominante na literatura que vamos estudar é o indicador de GRUBEL LLYOD.

GLj =

=> Mede o preço do comércio intra-ramo.

Indicador de Grubel LLYOD

X M

51

 A parte equilibrada do comércio é parte intra-ramo. A parte desequilibrada (que excede) é a parte inter-ramo. VU = VU = Γ=
������������ ������ ������������ ������

 48% do comércio do comércio deste sector é intra-ramo e 52% é inter-ramo. Γ > (1+α) => CIR V.S ≤ Γ ≤ (1+ Γ< => CIR horizontal

=> CIR V.I

 Vamos dar um índice calculado agora para a toda a economia e não só para os sectores. GL = ∑


Indicador agregado - é uma média ponderada dos indicadores em que cada sector tem como ponderador o seu peso no comércio total.

O que se pretende: olhar o comportamento das regiões e explicá-lo à luz de alguns conhecimentos  Queremos decompor as regiões em duas partes. Análise Shift-share (quotas de mercado)  É aplicável em várias áreas. Vamos ver a aplicação às importações.  Queremos comparar o dinamismo das regiões.  A primeira coisa que temos de fazer é calcular uma taxa de crescimento. As exportações podem ser explicadas com base em várias componentes. Δ=


Δ – Taxa de crescimento das exportações no país i. ΔP – taxa de crescimento das exportações no espaço-padrão

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 Queremos comparar o dinamismo evidenciado num dado espaço com o dinamismo do espaço-padrão.  O crescimento do espaço i está de acordo com a norma.  A análise Shift-share permite efectuar uma análise dinâmica entre um espaço e outro espaço-padrão.  Δi = Δ P +( ηi + θi) Em que: Δi = comportamento das exportações em i. Δ P = crescimento do espaço-padrão Ηi = componente estrutural que mede o impacto da estrutura de especialização do país. Θi = É a componente regional –capta e que medida é que a região é mais dinâmica uniformemente em relação ao espaço-padrão. Ηi => ∑ (0))] => Componente estrutural

Formalizando cada uma das componentes:  Vai-se assumir as taxas de crescimento do espaço-padrão.  Vamos comparar o peso do espaço i com o peso do espaço-padrão.  Quando a região tiver mais especialização maior é esta componente. Sjp – taxas de crescimento do sector j no espaço-padrão. Vji (0) – peso do sector j no país i. Vjp (0) – peso do sector j no espaço-padrão. Θi - ∑ => Componente regional

Comparar do crescimento de cada região i com o sector i com o crescimento desses sectores no espaço-padrão Limitações desta análise Primeira limitação  A aplicação da análise Shift-share requer que nós requeremos à partida o nível de desagregação sectorial. A componente estrutural varia de acordo com os sectores que usamos. 53

 Se só tivermos um sector os pesos são iguais.  O nível de desagregação sectorial influencia significativamente a análise. Segunda limitação  Tem a ver com o período de análise. O primeiro problema é o mais óbvio. Quando calculamos taxas de crescimento estamos a ser influenciados pelos momentos de tempo que nós escolhemos. As taxas de crescimento vão ser diferentes com diferentes períodos de tempo.  Esta hipótese só é verdadeira se permanecer no período que estamos a considerar.  Estamos a assumir a invariabilidade temporal da estrutura de produção. Os pesos dos vários sectores vão sempre ser iguais nos espaços i e padrão. Sempre que a estabilidade não exista podemos aplicar esta medida. Terceira limitação A componente regional Θi é influenciada pela estrutura de produção e condiciona a componente regional. Como superar estas limitações? Primeira limitação  A primeira limitação que vimos foi a desagregação.  Para minimizar este problema tudo aquilo que podemos fazer é testar níveis de desagregação sectorial alternativas (análise de sensibilidade).  Se os grandes resultados qualitativos forem semelhantes então temos mais confiança na análise. Segunda limitação  Sobre a segunda crítica (período temporal da analise) temos duas formas de responder a essa limitação. 1. Não utilizar períodos de análise muito longos. Em períodos mais longos (ex: 20 anos) não é aconselhável a sua utilização, pois poderá existir muitas mudanças. 2. Construir um conjunto de indicadores complementares, o que permite complementar a análise Shift-share. Se tivermos um período curto, é útil que apliquemos um conjunto de vários indicadores complementares. Terceira limitação  A componente estrutural influencia a componente regional.

54

 A forma de responder a esta limitação é construindo uma análise Shift-share nova, de forma a incorporar uma terceira componente.  Consiste em realizarmos uma nova análise Shift-share alargada a uma terceira componente.  É uma análise Shift-share em versão alargada. Versão alargada da análise Shift-share ( + +

=> Componente estrutural => Componente regional => Componente alocativa Esta componente não muda nada relativamente à versão tradicional. O que vai mudar é a componente regional. Λ = ∑������
������

δ

������������������

Θ = ∑������

������

δ

δ

=> Componente estrutural não

influencia a componente regional.

 A crítica anterior já não está em causa.  Vamos introduzir uma nova crítica: =∑  O desvio face à norma é explicado por estas três componentes.  Porque é que a região pode ter um maior comportamento do que o espaço-padrão? Questão: Porque é que um pais pode ter um pior comportamento relativamente ao espaçopadrão? As razões para o maior dinamismo de um dado espaço 1 – Um país pode ter um comportamento mais dinâmico do que o seu espaço-padrão (as exportações revelam maior dinamismo) porque no país i a estrutura de especialização sectorial é mais favorável do que no espaço-padrão. O país i está concentrado nos sectores mais dinâmicos.  Em que medida o país tem um comportamento mais concentrado do que o espaço-padrão? Tem a ver com a especialização do país i nos sectores mais dinâmicos. 55

2 – Uma segunda razão é o facto de o país evidenciar crescimentos sectoriais melhores do que o espaço-padrão. Isto deve-se a comportamentos regionais melhores. 3 – A terceira e última razão para o comportamento mais dinâmico por parte do país é o facto estar mais especializado nos sectores em que tem vantagem comparativa.  A componente Bi será positiva se os países tiverem um comportamento melhor do que o espaço-padrão.  Mede o grau em que o país está especializado nos sectores que têm um comportamento das exportações melhor do que o espaço-padrão.  Um país pode ter um comportamento mais especializado nos sectores em que tem maior vantagem comparativa. Quais as razões que a análise Shift-share nos dão para o facto do país um crescimento das exportações menor do que o espaço-padrão? 1- Menor estrutura de produção 2- Crescimentos sectoriais inferiores ao espaço-padrão 3- O país está pouco especializado nos sectores em que ele tem maior crescimento Os indicadores Complementares  Que indicadores podemos usar para complementar a análise Shift-share?  Se tivermos num período de expansão estrutural não podemos assumir só a análise shift-share.  Vamos introduzir quatro indicadores que nos dêem mais informação. 1- Diferenças estruturais relativas O primeiro indicador destina-se a captar as diferenças estruturais relativas. =∑  Permite-nos responder a uma das limitações – a primeira.  Nós podemos calcular um indicador que seja uma nova componente estrutural da análise shift-share.  Podemos complementar os resultados da análise shift-share calculando uma componente artificial estrutural criada tendo por base os pesos do momento 1. A partir deste indicador podemos saber se a estrutura de produção de um país o favorece ou penaliza no período final. 2- Ui = i – i  Se nós tivermos interessados em saber se a evolução da especialização é favorável ou não. 56

 O país está a alterar a estrutura de especialização alterando-a no sentido e ter mais peso nos sectores mais dinâmicos ou nos sectores menos dinâmicos?  Como é que evolui a estrutura de especialização?  Vamos fazer uma análise dinâmica, ao contrário das outras que estão estáticas.

3) Ψ (t) = ∑ Ψ (t) - Mede o grau de especialização absoluta em sectores dinâmicos. Procura captar qual o grau em que o país i está especializado nos sectores com exportações mais dinâmicas (a crescer a um ritmo maior). – Taxas de crescimento sectoriais. – Peso de cada sector no país i. Importância de cada sector no país i. O intervalo de variação é dado por:  Valor mínimo: taxa de crescimento das exportações do sector que cresceu menos. Valor máximo: taxa de cresceu das exportações do sector que cresceu mais. Se Ψ (t) = valor mínimo – quando o país i estiver completamente especializado no sector menos dinâmico. Se Ψ (t) = valor máximo – então i está completamente especializado mais dinâmico. Τi = Ψi (1) – Ψi (0) = ∑  Se o país i melhorou nos sectores dinâmicos, Ti é positivo.  Se o país i piorou, então Ti é negativo.  Procura captar a evolução dinâmica (o país melhorou ou piorou nos sectores dinâmicos).  Pode haver movimentações internacionais de factores produtivos. Fluxos de Factores de Produção Factores de produção clássicos: L – trabalho K – Capital T – terra

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Movimentações internacionais do factor trabalho  Podemos dividir estes fluxos em dois tipos: fluxos internacionais de curto prazo (fluxos de capitais de curto prazo) e fluxos de capitais de longo prazo. Porque é que os países captam IDE (investimento directo estrangeiro)? Factor terra – é imóvel (não varia) Nota: Vamo-nos preocupar com os fluxos de capital e de trabalho. Primeira nota: Existem muitas mais restrições as factores e produção do que nos bens finais.

Consequências económicas Vamos considerar um modelo simples com uma série de hipóteses com e sem mobilidade: Primeira hipótese: Não há mobilidade do factor trabalho. Segunda hipótese: Existem dois países. Terceira hipótese: Em cada país, existem dois factores de produção (trabalho e terra). Quarta hipótese: A terra não se move entre os espaços económicos Quinta hipótese: Dois países só produzem um bem Sexta hipótese: A tecnologia de produção é a mesma nos dois países. O mercado funciona em concorrência perfeita. O rácio terra-trabalho é diferente entre as das economias. O país nacional é abundante em capital. ( Q ̅ Q = f (L, ������) (

L 58

 Diz-nos a forma como a quantidade produzida varia com a quantidade de trabalho utilizada.  A produtividade marginal do factor trabalho é positiva e decrescente.  Quando L aumenta leva a um aumento da produção mas esse aumento vai ser cada vez menor ( )> 0 ) ( , então os trabalhadores desejam migrar para o Resto do Mundo. Mas

seguindo a hipótese eles não se podem deslocar. PMg L PMg L*

B A
������ ( ������ ������ ( ������

2 C 1 PMg L * PMg L 0 L2 L1 0*

 A base dá-nos a dotação em trabalho no conjunto das duas economias (total).  Da esquerda para a direita – quantidade de trabalho da economia doméstica. Da direita para a esquerda – quantidade de trabalho da economia estrangeira. 0 – 1  Quantidade e trabalho utilizado na economia doméstica no momento inicial.~ 0* - L1  Quantidade de trabalho utilizado na economia estrangeira no momento inicial. O salário real é maior na economia estrangeira dando assim incentivo à migração. ( >( 1

Ponto A – Ponto em que os salários reais são iguais nas duas economias.

60

Três conclusões importantes: 1) A movimentação do factor trabalho dá origem à convergência dos salários reais. Nomeadamente o salário real da economia doméstica vai aumentar e o salário real do resto do mundo do mundo vai diminuir. 2) A produção mundial vai aumentar (vamos demonstrar) ( ������ Aumenta
������

( ������ * Diminuindo => ( ������ = ( ������ *

������

������

������

 Quando se permitiu mobilidade, a produção Vi ser desde abaixo da Prig até A. A produção nacional diminuiu porque houve deslocação de trabalhadores para o resto do mundo. Os trabalhadores são levados a migrarem.  A produção do resto do mundo estende-se até A.

Q diminui: [AC L1L2]  (Q + q) aumenta: [ABC] Q* aumenta: [AB L1L2]

 A variação positiva no Resto do Mundo excede a variação negativa da economia doméstica.  A mobilidade do trabalho permitiu uma maior afectação do factor trabalho.  Este ganho de produção deve-se à maior afectação do factor trabalho.  Isto serve para isolarmos o efeito puro do actor trabalho. 3) Esta mobilidade é vantajosa mas nem todos ganham com esta mobilidade. A distribuição é assimétrica.  Os trabalhadores nacionais ganham com a mobilidade, mas os trabalhadores do resto do mundo vêm o seu salário diminui.  Perdem também os detentores da terra na economia doméstica e ganham os detentores da terra da economia estrangeira.  Podemos falar de IDE como sendo fluxos internacionais de capital em que uma empresamãe cria ou expande uma filial num outro país. 61

 Esse IDE é mais que uma mera transferência de fluxos financeiros (fluxos de longo prazo).  Inserção organizacional da empresa – é mais do que transferir recursos para ma empresa, é inserir essas filiais na estrutura da empresa-mãe.  Devem existir razões que explicam o facto de uma empresa optar por IDE. Questões de partida: O que são investimentos directos e indirectos? O que é uma empresa multinacional? Definição de empresa multinacional:  É uma empresa detida acima de uma determinada percentagem de capital estrangeiro. Qual o critério para se definir a empresa multinacional?  A partir de uma dada participação no capital social há uma real capacidade de decisão da empresa.  O valor mais habitua é cerca de 10% do capital social. Questão: Porque é que as empresas optam por chegar aos mercados através do IDE?  As empresas iniciam por exportações o seu processo de IDE. Questão: Em que circunstâncias é que as empresas irão optar pelo IDE? Existem vias que são explicadas alternativamente: Teoria eclítica (paradigma Oli)  O paradigma OLI não é uma teoria do IDE. É uma teoria que procura identificar características e foi desenvolvido por Duming.  Para que a empresa opte por entrar no mercado externo pelo IDE têm de estar reunidas algumas condições: 1) Vantagens de propriedade - quando a empresa acede pelo IDE confronta-se com empresas que já estavam localizadas.  Quando uma empresa procura aceder a algum mercado novo vai-se confrontar com empresas nacionais e multinacionais que têm vantagens já lá estavam anteriormente. Essas vantagens estão associadas ao mercado: -conhecimento das referências dos consumidores -conhecimento dos fornecedores locais, fontes de matérias-primas -conhecimento do funcionamento do mercado.  A empresa que se quer localizar tem e ter certas vantagens que lhe permita superiorizar-se naquele mercado às empresas localizadas (vantagens de propriedade), 62

Definição: vantagens de propriedade  São vantagens específicas e intrínsecas à própria empresa que ela tem e que as outras não têm e a distingue das outras.  Estamos a falar de um conjunto de activos intangíveis (valor de uma determinada marca) como a reputação de uma empresa, o prestígio associado a uma empresa, activos como tecnologia (vantagens tecnológicas). 2) Vantagens e localização Significa que a empresa, ao realizar IDE num dado mercado é preciso que a escolha (localização) que melhor permite aproveitar as vantagens de propriedade. Podemos falar de vias de transporte, localização da empresa (proximidade de portos, estradas, etc.). Outros factores: -Custo/morosidade do sistema de justiça -Custo da mão-de-obra / qualificação Ex: não há nenhuma empresa que se queira instalar em Porto Santo  Os governos dão incentivos financeiros: apoio aos trabalhadores. 3) É preciso que existam vantagens de internacionalização A empresa só optará pelo IDE se lhe for mais vantajoso internalizar (agir internamente) os recursos que é detentora ao invés de vender os recursos ou ceder o direito à sua utilização.  É preciso que a empresa considere mais vantajosa a internalização os recursos que possui. Resumindo: De acordo OLI devem existir: - Vantagens de propriedade (ownership) - Vantagens de localização (localization) - Vantagens de internacionalização  Quando existirem estas três vantagens as empresas preferem IDE. Se uma delas falhar optam por outra via de internacionalização (para se internacionalizar).  Quando os existirem estas três vantagens as empresas preferem IDE. Quais os efeitos do IDE nas economias receptoras? Efeitos directos Dois tipos de efeito 63 Efeitos indirectos

Os efeitos directos  São os efeitos mais observados.  O principal efeito observado é a criação de emprego (criação de postos de trabalho)  O IDE contribui para a produção nacional, gerando receitas. Também contribui para o aumento significativo das exportações.  IDE contribui para a dinamização da região receptora.  Existe evidência que confirma que o impacto das empresas multinacionais em termos de emprego é maior do que o das nacionais porque a dimensão das empresas multinacionais e a sua taxa de crescimento são maiores e o emprego dura mais tempo (maior contributo em termos de criação e manutenção de emprego).  As empresas multinacionais exportam mais do que do que as empresas nacionais (domésticas e têm /dão um forte equilíbrio interno e pendor exportador.  Há também evidência que as empresas multinacionais tendem a concentrar a sua actividade em sectores de maior valor acrescentado e maior incorporação tecnológica, o que faz com que os países menos desenvolvidos possam convergir e alterar a sua estrutura de produção com países com países mais avançados. Os efeitos indirectos  Estão associados ao impacto que as empresas multinacionais têm nas empresas domésticas.  As empresas domésticas podem aproveitar aquilo que as multinacionais fazem melhor.  Estes efeitos indirectos são os spillovers. Os spillovers pressupõem que as empresas domésticas aproveitam (copiem) o que as multinacionais sabem fazer melhor do que elas.  Tornam-se, assim, mais eficientes traduzindo-se, assim, em acréscimos de produtividade. Existem ou não efeitos indirectos? A descoberta dos efeitos indirectos remonta a meados dos anos 70. É das áreas mais dinâmicas da economia internacional. Primeira questão – As empresas multinacionais são ou não mais eficientes do que as empresas domésticas? Hipótese: as empresas internacionais são mais eficientes?  Em 99% dos casos a resposta consensual é que estas empresas são efectivamente mais eficientes do que as empresas domésticas.

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Segunda questão Se são mais eficientes, de que forma é que os spillovers o IDE se pode materializar? Questão: Quais os canais através dos quais se pode dar essa transmissão tecnológica? Primeiro canal – Efeitos da demonstração / imitação  O facto de uma empresa internacional adoptar uma dada tecnologia e ser bem-sucedida, com essa tecnologia num mercado concreto leva a que as empresas domésticas observem que a tecnologia funciona nesse mercado, levando a que imitem essa tecnologia. Segundo canal – Mobilidade dos trabalhadores Trabalhadores que trabalhem numa empresa multinacional têm contacto com essa tecnologia. Podem ocorrer spillovers se se deslocarem de empresas multinacionais para empresas domésticas. Terceiro canal – Canal das exportações – muito parecido com o primeiro, mas aplicado ao mercado externo. As empresas multinacionais conhecem melhor as redes de distribuição e as preferências dos consumidores em termos internacionais. Pode acontecer que empresas domésticas sigam o caminho das empresas internacionais. Quarto canal – canal da concorrência – canal que identifica uma via para o impacto positivo (impacto benéfico da concorrência – maior a eficiência). Empresas têm interesse em tornar-se mais eficientes para concorrerem. Impacto negativo: entrada de empresas mais eficientes que expulsam as restantes do mercado. Quinto canal – Spillovers intersectoriais, que se prendem com relações com fornecedores e compradores locais. Parte dos fornecedores – Vantagens advêm de um maior valor da procura e as empresas produzem numa escala superior. As empresas obtêm, assim, custos de produção mais baixos e uma melhoria da qualidade dos bens produzidos. Apoiam as empresas ao nível da formação dos trabalhadores. Os trabalhadores têm um apoio ao nível da formação profissional, sendo mais eficientes. As empresas domésticas podem obter bens de maior qualidade e/ou bens vendidos a m preço mais baixo. Terceira questão – Existem ou não spillovers? Quarta questão – que factores condicionam estes spillovers?

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Terceira questão (resposta): Existem ou não efeitos indirectos (spillovers) do IDE?  A resposta não é definitiva. A investigação centrou-se noutra questão: em que casos há spillovers e em que casos não há? Quarta questão (resposta): Que factores funcionam como um obstáculo à existência de spillovers? Primeiro factor - As empresas multinacionais são mais eficientes do que as domésticas.  Há mais spillovers quando o diferencial é grande ou não?  Se as empresas domésticas tiverem níveis de eficiência semelhantes às multinacionais não têm muito a aprender.

 Se o rácio for porque em média as economias domésticas são menos eficientes que as economias multinacionais. Se existir um GAP tecnológico muito pequeno ou muito grande há pouco espaço de aprendizagem.  Na maioria dos casos um GAP tecnológico moderado este potencia os efeitos. Segundo factor – dimensão da empresa doméstica  Os efeitos dos spillovers são maiores em empresas com maior dimensão. Para a empresa doméstica aproveitar os efeitos do spillovers têm de ter uma dimensão considerável. Terceiro factor – Capacidade de exportação da empresa doméstica.  Beneficiarão mais as empresas que exportam do que as que não exportam.  As empresas têm de ter níveis de eficiência mínimos para beneficiar dos spillovers, para ter maior capacidade de absorção de spillovers. Quarto factor – Proximidade geográfica  Não é indiferente a localização de uma empresa.  A proximidade geográfica entre empresas multinacionais e domésticas maximiza a difusão dos spillovers. É mais provável que a empresa multinacional queira comprar a fornecedores geograficamente próximos. Quinto factor – o país de origem do IDE.  Factor distância – as empresas multinacionais tendem a adquirir uma parte dos produtos que consomem junto da empresa-mãe. 66

Ex: Fazer chegar produtos de uma empresa-mãe em Espanha implica consumir menos em Portugal.  A proximidade do país de origem do IDE aumenta a possibilidade desse investimento.  Se a filial é do país mais distante, então irá contratar trabalhadores desse país para gerar mais spillovers.  Empresas multinacionais de países mais distantes permitem mais spillovers. Sexto factor – grau de participação de empresas externas no capital social Sétimo factor – Modo de entrada do IDE – Investimento de raíz, processo de fusão ou aquisição (algo que já existe na economia).  A empresa entrou através de investimento de raíz ou entrou através de um processo de fusão? Dois critérios: Primeiro: qual o grau de transmissão de tecnologia do país de origem para o país em análise. É maior quando o grau de participação é maior e também e maior se se tratar de uma investimento de raíz (porque tem mais controlo de gestão) Segundo: Como se dá o processo de transferência tecnológica do país receptor? Deve haver uma maior transferência tecnológica quando se tratar de um investimento de raíz. Se a multinacional tiver maior controlo de capital social (grande participação do capital social) e se o investimento for de raíz menor a transferência de capital. Quanto maior a transferência tecnológica do exterior para a economia doméstica, menores serão a transmissão de tecnologia no país receptor e vice-versa. Competitividade Existem três conceitos de competitividade: 1º Competitividade-custo – Quando as empresas ou os países competem com base nos baixos custos dos factores produtivos. Quando o elemento principal motivo forem os baixos custos falamos de competitividadecusto. 2º Competitividade-preço – O preço a que os bens chegam ao consumidor final dependem da evolução da taxa de câmbio, e não apenas dos custos. Para além dos custos dos factores de produção, depende da taxa de câmbio.

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A taxa de câmbio é dada por: ER = ( .E

Um aumento da taxa de câmbio faz aumentar as exportações e diminuir as importações.

X aumenta ER => M diminui

3º Competitividade-diferenciação – As empresas/países concorrem fundamentalmente com base na diferenciação dos produtos. A capacidade que as empresas têm de produzir os bens diferenciados depende das dotações de capital na economia e da dotação de capital humano. Como podemos medir a competição? Duas abordagens: 1ª Abordagem do anuário mundial da competitividade 2ª Perspectiva de medir com dados de comércio internacional A primeira abordagem:

Critérios

Objectivos Subjectivos

Critérios objectivos – são aqueles que vêm directamente das estatísticas (P.I.B, IDE, etc.) Critérios subjectivos – Inquérito realizado anualmente numa escala de 1 a 10 como classifica os países. Para cerca de 300 critérios existe uma ordenação de países e, para além de se produzir uma ordenação de factores, esses factores são agrupados em quatro categorias: 1) Desempenho económico 2) Desempenho governamental 3) Desempenho empresarial 4) Desempenho infra-estrutural Nota: É possível ter um ranking de países, todos os anos. 68

A Segunda abordagem Existem um conjunto de indicadores frequentemente utilizados para medir a competitividade dos países: 1) Produtividade dos diferentes factores de produção Prod= 2) Podemos recorrer à taxa de câmbio real ER = ( .E

3) Taxa de crescimento das exportações (a que ritmo estão a crescer as exportações). 3.1) Gx (t, t – n) = 3.2) Rx = –1

4) Conceito de quotas de mercado QMji = 5)Taxa de cobertura sectorial 5.1) Taxa de cobertura sectorial global: TC=

5.2) Taxa de cobertura sectorial de um dado sector: TC = (Taxa de cobertura do sector j) 6)Taxa de abertura 6.1) Taxa de abertura total: TA = Ou [ ]

6.2) Taxa de abertura do sector j: TA = 7)Indicador de vantagem comparativa revelada VCRji = >1
( )

>1

Até ao sexto indicador são indicados como: quanto maior o valor, maior é a competitividade.

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Na prática utilizam-se as duas abordagens, ou seja, o anuário e os dados do comércio internacional. A Política Comercial Se nós olharmos para a realidade constatamos: 1) Tem havido desde a Segunda Guerra Mundial uma liberalização comercial progressiva mais acentuada (protecção ao livre comércio diminuiu drasticamente até à actualidade. Na actualidade há tendência de abertura das economias ao comércio. 2) Existe uma significativa protecção comercial, apesar da liberalização. Existência de picos tarifários (onde o grau de protecção é elevado).  Apesar do livre comércio ser vantajoso para os países, os países não comercializam de forma livre, porque existem barreiras ao comércio. Três questões de partida: 1) Que tipo de barreiras enfrenta o comércio internacional? 2) Que efeitos causam essas barreiras nos países? 3) Porque é que existe protecção comercial? Principais instrumentos utilizados no proteccionismo: 1) Tarifas 2) Subsídios às exportações 3) Quotas às importações 4) Restrições voluntárias às exportações O que é uma tarifa? É um valor cobrado por cada unidade importada. É um valor que os produtos importados pagam. Porque há tarifas? Para que servem? Servem como via de obtenção de receitas. Fonte de receitas para o Estado.  Razão principal da existência de tarifas: Para proteger a indústria nacional concorrente.  Os produtos importados vão chegar ao consumidor a um preço mais elevado, tornandose menos competitivo. Protege os sectores nacionais. Específicas – são um determinado montante sobre um produto importado num determinado valor específico.

Tarifas

Ad-valorem – Tarifa em percentagem (%) sobre o valor do bem. 70

Hipóteses: 1) 2) 3) 4) 5) Existem dois países: país nacional e estrangeiro Ambos vão produzir o bem Custos de transporte nulos (para simplificação) Existência de concorrência perfeita A taxa de câmbio não é afectada pela política comercial que nós adoptamos

Hipótese de partida: o preço do bem é maior na economia nacional.  Vai passar a existir comércio: vão passar a existir exportações do resto do mundo para o país nacional. Vai, assim, aumentar o peso do resto do mundo (procura é muito alta).  Diminui o preço no país nacional (decréscimo da procura) e aumenta posteriormente a procura até ao equilíbrio. Curva de Procura de Importações no País Nacional  É a diferença entre aquilo que os consumidores nacionais procuram e aquilo que os produtores nacionais oferecem. Curva da Oferta De Exportações do País Estrangeiro É a diferença entre aquilo que os produtores estrangeiros oferecem e aquilo que os consumidores estrangeiros procuram. P S

*

PA

P2 P2 P1 D MD

S1

S2

D2

D1

Q

(D2 – S2)

(D1 – S1)

Q

Notas: S1=> excesso de procura D1 => Procura D1 – S1 => excesso de procura (procura de importações) S2-D2 => Excesso de procura (mais pequena) 71

P1 => preço inicial PA => Preço e autarcia MD => Curva de procura de importações * => SA – DA => procura = oferta => não há importações  Quando o preço aumenta – produtores vão querer vender mais e consumidores vão querer consumir menos (excesso de procura diminui). Curva de procura de exportações: S P1 XS

P2 PA

D D1 Notas: D1-S1 => Excesso (passa para exportações) * => DA – SA Preço aumenta => oferta vai aumentar e procura vai diminuir. Equilíbrio em termos mundiais: Xs D2 * S2 S1 (S2 – D2) (S1 – D1)

PW

MD QW 72

Questão: Como é que este equilíbrio se vai alterar com a existência de uma tarifa?  Ilustração com ma tarifa específica e montante t, isto é acresce t ao montante importado e análise para os vários equilíbrios: equilíbrio no país nacional, equilíbrio no país mundial e equilíbrio no estrangeiro:

P PT PW

D 2 T 3 1

XS

S*

PW PT * MD

S Q Economia Nacional Economia Mundial Q Economia Estrangeira Q

D*

 O ponto 1 é a intersecção de MD com XS (equilíbrio sem tarifa). Quando é introduzida a tarifa os produtos vão ficar mais caros. Se o preço internacional é igual ao estrangeiro não é vantajoso existir comércio. Tem de existir uma condição para garantir o comércio: só existirá comércio se o preço for superior ao externo em pelo menos t unidades. Mas pode superior a t. No equilíbrio a diferença é exactamente t.  Sem tarifa o preço é 1 (PW). Com tarifa o preço interno vai aumentar e o preço externo vai diminuir até que PT – PT* = t.  Com livre comércio há excesso de procura (ao preço de PW). Se existir excesso de procura o preço vai aumentar.  No país estrangeiro temos excesso de oferta. Logo o preço vai diminuir.  Quando chegarmos ao momento em que o diferencial é igual a t, atingimos o equilíbrio com tarifa. Vamos ter um equilíbrio para a economia doméstica e outro para a economia estrangeira.  O equilíbrio com tarifa é o ponto 2. Com preço mais alto a quantidade transaccionada é menor.  Na economia estrangeira o preço passa de PW para PT * para o ponto 3. A quantidade transaccionada é menor no estrangeiro. Ponto 1 – equilíbrio inicial conjunto (mundial) sem tarifa

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Ponto 2 – equilíbrio com tarifa inicial Ponto 3 - equilíbrio no resto do mundo com tarifa Efeitos /impactos da tarifa no bem-estar social:  O país que aplica a tarifa beneficia ou não com a sua aplicação? O bem-estar social vai diminuir? Qual o impacto para os três de agentes económicos? (consumidores, produtores, governo). 1) Impacto para o governo – mede-se através da variação das receitas do governo (variação entre depois e antes da tarifa). 2) Impacto para os consumidores - mede-se através da variação do excedente do consumidor. 3) Impacto para os produtores – mede-se a variação do excedente do produtor.  Excedente do consumidor – ganho que os consumidores obtêm para adquirirem o bem ao preço a que efectivamente adquirem e não ao preço a que estavam dispostos a adquirir.

P

Excedente do consumidor – preços que os consumidores estavam dispostos a pagar e não pagam (área acima do preço e abaixo da curva da procura)

P1

Q1

Q

Excedente do produtor – é o ganho que os produtores obtêm por venderem o bem ao preço a que efectivamente vendem e não àquele que estavam dispostos a vender.

74

S P1 Excedente do produtor – área acima da curva de oferta e abaixo do preço

Q1 No caso das receitas do governo P S

Q

PT A PT* B

C

D

D S1 S2 D2 D1 Q

PT – PT* = t PW => PT Por força da aplicação da aplicação da tarifa temos S2-D2. Estamos a medir o impacto para os produtores, consumidores e governo. No caso da medição do impacto no bem-estar dos produtores vamos quantificar vamos quantificar o excedente do produtor antes e depois da tarifa. Excedente do produtor: área acima da curva da oferta e abaixo do preço. Se o preço sobe para PT, há um aumento do excedente do consumidor e a aumenta a área correspondente a A.

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A variação do excedente do produtor:  Variação de EP (+) = A A variação do excedente do consumidor:  Para o bem-estar do consumidor vamos quantificar a variação do excedente. O excedente do consumidor vai diminuir com a aplicação da tarifa (área acima do preço e abaixo da curva da procura).  Variação de EC (-) = A + B + C + D A variação da receita do Governo:  A recita do governo é igual ao valor da tarifa vezes o número de quantidades importantes. Var (+) Governo = (D2- S2) t=C+E

 A aplicação de uma tarifa faz os consumidores perderem e os produtores e o governo ganharem. Problema: será que os ganhos são maiores que os benefícios? Var BES = A + (C + E) – (A + B + C + D)  Var BES = E – (B + D) Em que: BES => variação do benefício total (bem-estar social).  Nós não podemos determinar à partida o bem-estar social. O impacto da aplicação da tarifa tem um efeito indeterminado.  O efeito total vai depender do efeito líquido das duas componentes: E e (B + D)

E> (B + D) => Var BES (+) E – (B + D)

E Var BES (-) (Depende daquele saldo líquido) Significado económico: E é o ganho que resulta da alteração dos termos de troca. Os termos de troca correspondem ao rácio entre os preços internos e externos. O rácio é o mais favorável à economia doméstica.

Dois efeitos negativos resultantes de distorções impostas pela tarifa:

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A tarifa afasta a economia do equilíbrio óptimo (onde B e D são as componentes.  B introduz uma distorção associada à produção.  A tarifa vai fazer com que os produtores produzam demais. B é uma perda que decorre do facto dos produtores da economia doméstica produzirem demais.  D introduz um efeito de distorção associado ao consumo que faz com que os consumidores consumam mais.  Uma tarifa pode ser aplicada por um país grande (se tiver capacidade de influenciar o preço noutras economias) ou pequeno se não tiver essa capacidade).  Como os produtores importados são caros a sua procura diminui, o que vai ter impacto mas duas economias. Nota: Este caso de análise é de um país grande. Um país grande aplicou uma tarifa t. Os efeitos são o facto dos produtos importados ficarem mais caros no mercado final (chegam mais caros ao consumidor final). Teve um impacto significativo na economia estrangeira porque estamos no caso de um país grande.  O país doméstico (que aplicou a tarifa) só reviu uma parte da implicação da tarifa. A outra parte foi para outra economia). Para o país pequeno  O país pequeno não tem capacidade de absorção. Não há distância entre PT e PT*.  A componente E desaparece da análise. Ficamos só com a parte do efeito negativo.  O impacto da aplicação da tarifa é de certeza negativo. PT desloca-se para cima. Deixa de existir a diferença entre PT e PW* porque o país pequeno não tem capacidade de influenciar o preço da economia estrangeira. Passa a existir maior diferença entre PT e PW.

PT % T

PW %

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Subsídios à Exportação É um pouco o oposto da tarifa. O subsídio é um valor concedido para cada unidade exportada.

PS A PW PS* E F G C D S

D1 1) 2) 3) 4)

S1

Var EP (+) = A + B + C (antes do subsídio) Var EC (-) = A + B Var Rec. Do Gov (-) = - (B + C + D + E + F + G) = (S1 – D1). S Var BES = (A + B + C) – (A + B) – (B + C + D + E + F + G)  Var. BES = - ( B + D + E + F + G).

Conclusão: Os produtores ganham, os consumidores e o governo perdem com a atribuição do subsídio. Quotas às importações P S

PD B PW Q S1 S2 D2 D1 C D

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 Uma quota é uma restrição limitativa quantitativa ao número de unidades que é possível importar. Q = (D2 – S2)  Ao preço de PW a procura é D1 e a oferta desloca-se em duas partes: S1 (oferta interna) e oferta externa (D2 – S2) S + S1. Ao preço de PW a procura interna é maior do que a oferta interna e é até maior do que a oferta interna mais a externa. D1> S1 + (D2 – S2)  A procura excede a totalidade da oferta. O preço vai aumentar até que deixe de existir esse desequilíbrio, até que esse diferencial entre oferta e procura desapareça.  PD é o preço que garante o equilíbrio. Vai estabilizar em PD. Var. EP (+) = A Var. EC (-) = A + B + C + D Var. Gov. = 0 (nula) => é só a limitação nas quotas das importações.  Há uma empresa a quem é atribuída um direito de quota. Rendas = C => é um ganho da empresa que fica com o direito de importar a quantidade correspondente à quota. Cálculo do bem-estar social Var. BES = A – (A + B + C + D) + [c]  As rendas dependem do facto de a empresa ser doméstica ou estrangeira. Se for doméstica é um ganho (conta para o bem-estar do país).  Seja ou não contabilizado C é possível dizer que o BES Preço de monopólio PW => Preço mundial QM => Quantidade de monopólio Posição do Monopolista com comércio Maximizar o lucro do monopolista: P = CMg (concorrência perfeita)  O monopolista vai deixar de ter em conta as condições de maximização do lucro de monopólio para ter em consideração a condição de maximização do lucro de concorrência perfeita.  O monopolista vai agir como em concorrência perfeita, pois se praticar um preço mais elevado, os consumidores não irão adquirir o bem (vão adquiri-lo ao exterior). O comércio limita, assim, o poder de mercado do monopolista. (QF, PW) => Q diminui P diminui Segunda etapa  Vamos fazer esta análise com uma tarifa. => Novo equilíbrio de mercado

RMg PM

PWTT

PW

D

QF

QI

QM

DT

DF

Q

Importações antes da tarifa (anteriormente à imposição desta restrição)

81

 Para simplificar vamos introduzir uma tarifa T para proteger os sectores nacionais e diminuir as importações (através do amento do seu custo).  Vamos comparar o equilíbrio sem tarifa com o equilíbrio com tarifa. i) ii) iii) iv) PW => PW + T => temos um aumento do preço QF => QT aumenta => produção aumenta DF => DT diminui => procura diminui (DF – QF) => (DT – QT) diminui => importações diminuem

Terceira etapa  Como é que o equilíbrio de livre comércio se altera se aplicarmos uma quota?

P CMg ̅ ������ PQ

D PW DQ

RMg Q Q Quota – quantidade máxima que pode ser importada.  Qualquer bem vendido a um preço superior a PW TT (tarifa) não se consegue vender nada.  No caso da quota, se se praticar um preço superior, perde-se a quantidade no valor da quota. Existe poder parcial (capacidade de fixar um preço e manter a procura). A maximização do lucro: RMg = CMg => retoma poder de mercado para maximizar o luro. No caso em que temos uma quota, monopolista vai ter capacidade para fixar um preço superior ao preço internacional. Consequência: vai perder as vendas correspondentes à quota. Quarta etapa

82

 Comparação entre estes dois instrumentos. Vamos comparar uma tarifa e uma quota de tal forma que tenhamos um volume de importações.  Para podermos comparar a tarifa e a quota vamos ajustar o valor da tarifa para que ele seja exactamente aquilo que é necessário para dar origem a um volume de importações igual ao que é fixado pela quota.

P

CMg

PQ PW + T T D PW DQ RMg Q QQ Importações: (DT – QT) = ̅  Da passagem de uma tarifa para uma quota, o preço aumenta e diminui a quantidade produzida. Pois a passagem da tarifa para a quota restitui ao monopolista poder de mercado (parcial).  O comércio funciona como um factor que elimina poder de mercado. Ao usarmos um instrumento de política comercial estamos a ter custos internos (consumidor – preços mais elevados).  Que instrumento comercial devemos escolher se quisermos proteger a indústria nacional através de um instrumento de política nacional, mas ao mesmo tempo não quisermos perder totalmente o papel do comércio enquanto limitador do poder de mercado?  A resposta é a tarifa, pois obriga o monopolista a comportar-se como se estivesse em concorrência perfeita. Alguns argumentos a favor do livre comércio 1) Eficiência (gráfico da tarifa num país pequeno) constata-se a perda associada à produção (perdas de eficiência). 83 QT DT Q

Se retirarmos um dado instrumento de protecção como a tarifa obtemos mais eficiência. 2) Economias de escala  Mercados protegidos tendem a fragmentar a produção internacional. O facto de esta protecção proteger as empresas dos países aumenta a produção dos países alvos e protecção.  Se os lucros das empresas aumentarem há mais incentivo em entrar no mercado.  Quanto maior o número de empresas no mercado, então a escala de produção ou cada uma das empresas é mais baixa.  O facto de a escala ser menor implica um nível de produção menos eficiente. Dá-se menos aproveitamento das economias de escala. Isto surge como consequência do proteccionismo.  Então o livre comércio pode ajudar a inverter esta situação. Funciona no sentido de inverter e permitir que se aproveitem economias de escala. 3) Estrutura de mercado mais próxima de concorrência perfeita. Se as empresas forem confrontadas com concorrência externa têm que se tornar mais eficientes, inovando, criando novas técnicas de produção, ajustando-se. 4) Decorre da análise gráfica. Há agentes económicos que ganham com o proteccionismo (produtores) e outros que perdem (consumidores).  Os ganhos são obtidos (canalizados) apenas para alguns agentes económicos, sendo ganhos assimétricos, grupos económicos com maior influência política, pressionando os governos a activar esses mecanismos de protecção.  Beneficiarão apenas alguns. É melhor (preferível) eliminarmos esse tipo de protecção de forma que aqueles que têm ganhos não percam com a situação. Argumentos a favor do proteccionismo 1) Argumento que se prende com um gráfico visto anteriormente com três componentes. (gráfico da tarifa) É possível que a componente positiva supere a negativa. A aplicação da tarifa implicará ganhos de bem-estar (nalguns casos) quando a área supera os triângulos da ineficiência. 2) Argumento das falhas de mercado. Medimos conceitos como o excedente do produtor e consumidor, governo. Excedente do produtor – O conceito capta integralmente todos os benefícios associados à produção? Resposta: Não, existem outros ganhos que é necessário terem conta.  Proteccionismo leva ao aumento da produção doméstica utilizando trabalhadores que antes se encontravam desempregados. EX: 84

1 – A redução do desemprego é um dos benefícios que não é captado pelo conceito de excedente do produtor 2 – Essa produção acrescida dá origem à existência de externalidades positivas (benefício decorrente da produção acrescida), não estando incluído no excedente do produtor. 3 – Argumento da indústria nascente  Proteccionismo que reside no facto de as indústrias dos países ainda não estarem preparadas para a concorrência perfeita. 4 – Actividades e I & D  Realizar estas actividades custa muito dinheiro e são sectores altamente onerosos.  Actividades muito importantes para a inovação e lucros durante alguns anos.  As empresas deverão ser estimuladas a investigar, ou seja, se descobrirem alguma inovação são protegidas por patentes.  Prescindir desse instrumento é pôr em causa a existência de novas inovações. 5 – Política Comercial Estratégica  Implicações da existência de concorrência imperfeita.  Vamos assumir que existem duas empresas: Boing e Airbus.  Assume-se que elas decidem se produzem ou não um novo avião (interacção entre as duas empresas através de um quadro de pay-offs. A B Produz Não produz * Equilíbrio (Produzir, não produzir) Produz (-5, 5) (o, 100) Não produz (100, 0) * (0,0)

Autoridade europeia: decide dar um subsídio caso a Airbus produzir 25 unidades. Nova matriz: A B Produz Não produz Produz (-5, 20) (o, 125) * Não produz (100, 0) (0,0)

* Novo equilíbrio (Não produzir, Produzir)

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Nota: Existe informação perfeita: Boing vai produzir sabendo que Airbus vai produzir. 1-A atribuição de um subsídio por parte de uma Autoridade Europeia permitiu alterar o equilíbrio que antes havia sem subsídio. 2-O equilíbrio inicial implica um lucro de zero para a Airbus. Agora, com o novo equilíbrio o seu lucro é de 125. Subsídio teve um impacto mais do que proporcional nos lucros da empresa que recebe o subsídio. O novo subsídio parece eficiente para quem beneficia dele. Limitação:  Possibilidade de retaliação por parte de uma entidade Norte Americana que poderia conduzir ao equilíbrio inicial.  A verdade é que a lógica prevalecente é o livre comércio. O GATT e a OMC – Princípios-base  É extremamente importante conhecer o GATT.  A existência tem como ideia a tentativa de criar condições de distribuição. Cláusula da nação mais favorecida: Qualquer país que conceda uma preferência comercial, redução da protecção face a outro país membro do GATT, fica obrigado a alargar essa preferência a todos os outros elementos do GATT. Ex: Acordos de integração regional como a EU, Mercosul, NAFTA. Princípio da reciprocidade  Qualquer país que beneficie de uma preferência comercial deve retribuir concedendo também uma outra preferência comercial. Este movimento liberal deve-se fazer nos dois sentidos.  U.E aceita liberalizar mais para apoiar países desfavorecidos. Tratamento Nacional – uma vez que produtos importados entrem no mercado nacional devem ser tratados da mesma forma dos produtos nacionais. Princípio da transparência – Devem-se evitar instrumentos de política comercial menos transparente.

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Porque é eu os países têm diferenças entre si? Como se explicam essas diferenças? Como as avaliar? Como podemos medir a dimensão da globalização?

Estratégias de Internacionalização  Porque é que o desenvolvimento dos países é tão desigual? Porque é que há países mais desenvolvidos que outros? Quatro grandes conceitos: 1) 2) 3) 4) Crescimento económico Ciclos económicos Conceito de desenvolvimento Convergência real

Crescimento económico Quando se mede o crescimento fala-se (assume-se) um indicador de referência (rendimento per capita – P.I.B per capita). Análise de longo-prazo. Crescimento económico – Explicação dos factores que fazem com que as economias cresçam (tendência de longo-prazo). Ciclos económicos Variações no P.I.B per capita no curto-prazo. Olhar para a conjuntura económica. Pretende explicar os factores que influenciam uma determinada conjuntura económica. Desenvolvimento  É diferente do conceito de crescimento económico. O conceito de desenvolvimento inclui crescimento económico mas não se esgota nele. Estamos a falar de evolução da dimensão de ambiente, educação, emprego. Existe uma multidimensão. O seu factor caracterizador a multiplicidade de dimensões (factor multidimensional). Convergência real  Convergência real em sentido estrito – corresponde à aproximação dos rendimentos per capita médios.  Convergência real em sentido lato - Aproximação do nível de desenvolvimento do país (envolve a análise multidimensional).

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P.I.B

Gráfico ilustrativo da convergência real

Tempo Factores que explicam o desenvolvimento diferenciado entre os países Questões de partida 1-Como medir esta convergência real entre os países? 2-Quais as razões que justificam o nível diferenciado de desenvolvimento? Como podemos medir a evolução da convergência real em sentido lato? 1) Medir convergência real através do rendimento per capita, apenas. Associando-se à convergência real em sentido restrito. A principal razão da realização desta primeira análise é a sua leitura imediata, fácil concretização e interpretação, fácil de analisar. Contudo: Existem obstáculos a esta análise.  Assume-se que o rendimento per capita é uma boa aproximação do nível de desenvolvimento, contudo o nível de rendimento per capita não está associado a todos os parâmetros. Será que as principais dimensões do rendimento estão relacionadas com o rendimento per capita?  A maior parte dos estudos diz que essas variáveis de desenvolvimento não estão bem correlacionadas com o rendimento. Conclusão: não temos evidência de que o rendimento per capita está muito correlacionado com outras variáveis de desenvolvimento.  Surgiram estudos que demonstram que as dimensões do desenvolvimento não estão bem correlacionadas com o crescimento per capita.

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2) Indicadores compósitos de desenvolvimento – são indicadores que consideram simultaneamente diferentes. Ex: IDH Vantagens desta segunda óptica  Inclui informação sobre várias dimensões mas agrega-a num único indicador.  Mantém informação sobre várias dimensões. Preserva a vantagem do rendimento per capita. Anula as vantagens do rendimento per capita mas preserva a fácil leitura. Tem informação mais ampla. Problemas: 1) Escolha das dimensões é subjectiva e varia de indicador para indicador.  Os vários indicadores não são alternativas uns aos outros.  As duas mais incluídas são a educação e a saúde, mas há inclusão de rendimento, indicadores de pobreza e desigualdade de rendimento, ambiente, infra-estruturas. 2) É mais difícil de gerir. Vamos aceitar que temos fixado quatro ou cinco dimensões. O indicador compósito é uma média ponderada dessas dimensões.  O que é importante é explicitar os ponderadores a dar a cada indicador. A escolha dos ponderadores é igualmente subjectiva e arbitrária.  A heterogeneidade será maior se considerarmos indicadores mais diferenciados. Existe heterogeneidade na escolha das dimensões. Grandes heterogeneidades nas decisões a incluir e nos indicadores. 3) Se há dificuldades em agregar a informação vamos realizar uma análise, não olhando para o desenvolvimento do país, mas para os desenvolvimentos desse país. Não vamos ter só um indicador, mas antes uma série deles. Vantagem e desvantagem  Existe muita informação, o que pode dificultar a leitura. Questão: Porque é que os países crescem a taxas diferentes e têm níveis de desenvolvimento diferentes? Abordagens que explicam estas diferenças 1) Teoria do crescimento económico (Modelo de Solow)  O modelo de Solow assume uma função em que o crescimento económico vai depender de várias variáveis. O crescimento é a diferença entre o investimento e a depreciação do stock de capital.

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Se o investimento > depreciação do capital => Estado estacionário No longo-prazo: Investimento = depreciação do capital => Economia cresce a uma taxa constante, apenas atingindo Estado estacionário se existir progresso tecnológico. Este modelo prevê convergência - existem produtividades decrescentes do capital. As economias mais pobres vão crescer a taxas maiores do que as economias mais ricas e convergirão para o Estado estacionário.  As economias mais pobres vão convergir. A justificação para esta convergência é a acumulação de capital. Críticas ao Modelo de Solow Primeira crítica – No longo-prazo as economias crescerão à taxa de progresso tecnológico. Contudo, esta taxa é exógena (não é explicada pelo modelo, é constante). O que explica o crescimento económico não se sabe. Este modelo não explica o crescimento económico e a taxa X não explica o crescimento. Segunda crítica – O modelo de Solow prevê que a taxa de poupança (S) é constante e exógena. Contudo, na verdade o rendimento dos indivíduos vai para o consumo e para a poupança, mas não de forma fixa e exógena. Terceira crítica – Realidade dos factos – O modelo prevê convergência entre os países desenvolvidos e os pobres. Na realidade não se verifica este pressuposto. Quarta crítica – O modelo assume esta função de produção: Y = F (K, L). O nível de produto depende da quantidade de capital e trabalho usados. gY = α gK + β gL

Fracção de capital Fracção de trabalho no rendimento

 Estas taxas são fixas. Agora vamos testar se na realidade estas taxas são ou não fixas.  Ao testar a veracidade da equação do modelo de Solow conclui-se que o crescimento do trabalho e do capital não explicam por si só gY (K e L por si só não explicam o modelo). Existem outros factores que explicam gY.

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Temos uma lista infindável de factores que explicam o crescimento económico. i) ii) iii) iv) X S Conv. Λ As Novas Abordagens do Crescimento Endógeno  As Novas Abordagens do Crescimento Endógeno constituíram uma resposta à primeira limitação. Estes modelos prevêem ausência de crescimento. Foram, portanto, uma resposta a este crescimento exógeno.  Estes modelos querem explicar o modelo tecnológico e querem introduzir novas abordagens em termos de convergência. Modelo de Ramsey Cass Koopmans  Existiram também estudos empíricos que procuraram alargar os factores da função de produção (R-C-K) para responderem à segunda limitação do modelo de Solow. Este modelo torna endógena a taxa de poupança. A Nova teoria do Crescimento Desdobra-se em três subgrupos: 1) Modelos Lineares 2) Modelos com externalidades 3) Modelo de Barro e Sala – I – Martin Modelos Lineares  Os modelos lineares defendem que a diferença entre países permanece eternamente a mesma., isto é, não existe qualquer convergência entre países. Se existirem países atrasados no que diz respeito ao crescimento económico permanecerão sempre atrasados.  Estes modelos têm fraca capacidade explicativa do crescimento económico. Exemplos: Modelo de AK, em que Y = AK Modelos com externalidades  Cada um destes modelos apresenta razões diferentes para que deixe de existir produtividade marginal decrescente do capital, em que os ganhos que eliminam as produtividades decrescentes aprendem-se com a experiência (estes modelos já não prevêem convergência entre países.  Um exemplo deste modelo é o modelo de Romer.

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Modelo de Barro e Sala – I- Martin  Dizem-nos que existem países inovadores e países imitadores em termos tecnológicos. Os países mais ricos dedicam recursos à investigação, já os países mais pobres imitam os outros. Inovar é mais caro do que imitar. Países mais pobres gastam menos do que os países mais ricos, poupando recursos e canalizando esses recursos para a concorrência.  Este é um modelo que prevê concorrência. Modelos de Causalidade Circular e Cumulativa  O livre funcionamento das economias pode conduzir a um acentuar das disparidades entre países.  Este modelo apresenta certas causalidades (mecanismos) e põe um enfoque na questão das exportações. Esses mecanismos levam a um aumento das desigualdades gt = γ (+) (Xt) => taxa de crescimento do produto (crescimento das exportações) Xt= h (-) (PD) t + δ (+) (PF) t + ∑ (PD) t = Wt (+) – RT (-) + Y t (+) RT = RA + λ gt (+)  É uma característica simples da economia e põe enfoque nas exportações. O crescimento das exportações depende: H (PD) t => preços internos (domésticos) δ (PF) t => preços externos Xt=> exportações ∑ => rendimento do Resto do Mundo (determinado externamente)
(+)

Wt => custos dos salários RT => evolução da produtividade Yt => Taxa de markup (margem de lucro)  A evolução da produtividade tem uma componente autónoma. RA é a evolução da produtividade autónoma. Depende positivamente do crescimento económico. Nota: A taxa de markup tem a ver com número de repetições das tarefas.  A taxa de crescimento do produto depende positivamente do crescimento económico.

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O que acontece se houver um choque exógeno nas exportações?  Se as exportações (Kt) aumentarem, a taxa de crescimento económico (gt) vai aumentar, vai existir um aumento da produtividade (RT), o nível de preços internos (PD) t vai diminuir, o que por sua vez faz aumentar as exportações (Xt), que por sua vez faz aumentar a taxa de crescimento económico (gt), e assim sucessivamente, como um ciclo vicioso. Conclusão: Um país afectado por um choque nas exportações pode tornar-se sucessivamente mais rico, e o mesmo vice-versa. A Nova Geografia Económica  É um bloco que surgiu nos anos 80, 90. A nova geografia económica não tem preocupação com a questão do crescimento económico, mas com a análise das decisões de localização da actividade económica no espaço. De acordo com este modelo existem três factores que determinam essa localização: 1) Custos de produção 2) Custos de distribuição 3) Possibilidade de aproveitamento de economias de escala Vamos considerar o modelo centro-periferia  Segundo este modelo existem duas localizações: centro e periferia. Exemplo: Espaço europeu  Na periferia estão presentes as regiões menos desenvolvidas, já no centro estão presentes as regiões mais desenvolvidas (custos de produção mais elevado).  Há mais população concentrada no centro do que na periferia.  O aproveitamento de economias de escala exige concentração da produção numa única localização. Questão: Quais os custos envolvidos na localização? Três decisões: 1) Localizar tudo na periferia 2) Localizar tudo no centro 3) Repartir a produção pelo centro e periferia Primeira decisão  Custos de produção muito elevados, custos de distribuição baixos, aproveitamento de economias de escala.

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Segunda decisão  Custos de produção baixos (tudo na periferia), custos de distribuição elevados, existem economias de escala. Terceira decisão  Repartir a actividade económica entre centro e periferia. Custos de produção médios, custos de distribuição muito baixos, não há economias de escala.  Existem vantagens de cada uma dessas decisões possíveis de localização.  Qual a localização óptima? Vai depender do tipo de sector em conceito. Conclusão: Os sectores com rendimentos crescentes à escala (sectores mais avançados) tendem a concentrar-se no centro e sectores onde não há rendimentos crescentes à escala (ex: agricultura) tendem a concentrar-se na periferia (sectores menos dinâmicos, menos avançados). Evolução das desigualdades dos países: há uma tendência de concentração de sectores mais dinâmicos nas regiões mais ricas e sectores menos dinâmicos nas regiões mais pobres. Conclusão: As desigualdades tendem a acentuar-se entre estes dois tipos de países. Os Modelos Evolucionistas (centrados no papel da inovação)  O que estes modelos dizem é que nãos se sabe o contributo da inovação para a maior ou menor desigualdade entre países. Vai depender de três factores: 1) Inovação (capacidade dos países para criarem novas tecnologias, novos produtos, e técnicas. 2) Difusão de tecnologia a partir do exterior. Existem inovações em países que outros possam aproveitar. 3) Capacidade de absorção dos países imitadores.

Resposta à quarta crítica ao Modelo de Solow:  Depender o crescimento económico da tecnologia e do capital não é suficiente.  Não se sabe o contributo da inovação para o crescimento económico.  Primeira coisa que podemos dizer: É necessário considerar a dualidade do trabalho (capital humano).  O capital humano é o bem económico mais demonstrado e o que mais explica o crescimento económico. O capital humano desdobra-se em duas componentes: educação e saúde Y = F (K, L, H) 94

 Outro elemento importante é o capital natural. Os países têm dotações naturais diferentes e que ajudam a explicar as diferenças entre países.  O capital social é outro elemento importante. O capital social é um conceito que associa-se a relações de interdependência entre os agentes.  O capital social evolve a troca de conhecimentos entre as pessoas, partilha conhecimento. É difícil de medir. O Estado, quando próximo da actividade económica, favorece a emergência de externalidade, é vantajoso para o crescimento, componente geográfica em termos relativos.  Outros factores podem ser a estabilidade política, sistema de justiça, níveis de corrupção, hábitos culturais, flexibilidade do mercado de trabalho, capacidade de IDE, países com abertura ao exterior.  A qualidade de governação, dimensão do mercado interno, estabilidade do mercado macroeconómico, países pertencentes a blocos de integração regional. Segundo Capítulo: A Questão de Globalização  Alguns aspectos de caracterização económica e algumas questões relacionadas com a medição da globalização. São identificados três factores que impulsionam este fenómeno: 1)Liberalização dos movimentos de capitais (regulação dos serviços financeiros) => dimensão financeira. 2) Liberalização cada vez maior dos mercados ao comércio e ao investimento. 3) Papel vital da tecnologia. Tecnologia enquanto motor da globalização. Podemos encontrar vários elementos:  Esbatimento da importância das fronteiras e das distâncias. Menor importância dada à divisão, fronteiras e distâncias. Efeito de fronteira – Faz com que o comércio tenda a diminuir quando passa a fronteira. Impacto negativo da fronteira está a diminuir drasticamente. 2) Grande interdependência das diferentes dimensões da globalização. A entrada de IDE tende a aumentar as exportações (outra dimensão da globalização) e tende a aumentar as externalidades tecnológicas (outro dimensão da globalização). As várias dimensões tendem a relacionar-se. 3) A concentra-se entre as empresas têm uma base cada vez menos nacional e cada vez mais internacional.

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A Internacionalização Mundial Globalização – A Medição da Globalização As duas abordagens da medição da globalização: 1) Associar a globalização à internacionalização (forma menos correcta).  A principal diferença entre globalização e internacionalização é que no caso da globalização estamos a falar de ma interdependência entre países.  No caso da internacionalização estamos a olhar o fenómeno de uma perspectiva de um país em concreto. Análise país a país associada ao nível de abertura ao exterior.  Em termos de globalização há um ranking de países segundo o seu grau de globalização. 2) Mais complexa do que a primeira. Olhar para as inter-relações entre países e medir a sua densidade. A primeira Abordagem (proposta pela OCDE)  Propõe que se estabeleça e organize a globalização segundo uma lista de indicadores relativamente a quatro dimensões fundamentais: 1) IDE (Investimento Directo Estrangeiro) 2) Actividade económica das empresas multinacionais (comércio intra-fila, número de filiais. 3) Dimensão da tecnologia (como se difunde m termos internacionais). 4) Comércio (a dimensão mais importante) de bens e serviços.  A OCDE propõe a construção de vários indicadores (desde os mais simples aos mais complexos). Temos três tipos de indicadores: 1) Indicadores de referência – são indicadores mais fáceis de obter e para os quais as estatísticas existentes já nos fornecem dados. 1.1 – Indicadores-chave – medem questões (decisões) mais importantes (núcleo fundamental) fáceis de obter. 2) Indicadores suplementares – são indicadores que, apesar de existir para eles a maior parte da informação, são considerados irrelevantes. 3) Indicadores experimentais. Este tipo de indicadores são muito difíceis de obter e , além disso, são onerosos. Contudo podem conter informação relevante. Segunda abordagem  Construção de indicadores simples ou compósitos de globalização. Indicadores que sejam médias ponderadas das dimensões da globalização. Ex: percentagem de indivíduos que nasceu nu dado local.  O que se faz é construir uma média ponderada (um ranking) dos países.

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 O objectivo é construir índices de globalização que dêem um ranking em termos de globalização dos países.  Globalização é por definição a interdependência entre os países. P E IT FR

X´s

[ P E IT F

]

 A segunda abordagem procura obter uma medida de globalização. Procura abordar esta matriz como um todo. Globalização: Corresponde a uma maior densidade da matriz. Factores que podem estar presentes nesta medição da globalização (efectivamente): 1) O mundo será mais globalizado se existir mais volume de comércio. O indicador deverá ser mais sensível ao volume de comércio. 2) O indicador deverá ser sensível ao número fluxos de comércio. Deve ser sensível ao número de países envolvidos no comércio. 3) Dimensão distância – a distância é um factor importante na dimensão da globalização. O indicador de globalização deverá ser sensível à distância percorrida. Quanto mais distância maior o nível de globalização. 4) Equilíbrio entre fluxos - vamos comparar dois casos: um caso em que há distribuição equitativa e outro caso menos equitativo. Um mundo mais globalizado corresponde a ma matriz mais equitativa. 5) Número de bens envolvidos no comércio: quanto maior o número de bens transaccionadas maior a globalização. Uma forma de medir a densidade da matriz:  Rácio entre o número de elementos não nulos da matriz (onde há comércio) sobre o número total (potencial) de elementos da matriz. Ex: rácio = 50 => só há 50% dos fluxos do comércio que deviam/podiam ser realizados. Último capítulo: Estratégias de Internacionalização das Empresas  Quando se fala em perspectivas de internacionalização está-se numa perspectiva microeconómica. Esta abordagem de internacionalização implica abordar: 1) Bloco que analisa as mutações existentes nos ambientes externos à empresa e como essas mudanças a incentiva a internacionalizar-se. 97

2) Como se pode definir o processo de internacionalização. Que tipo de procedimentos é que envolve? 3) Como se pode gerir uma empresa internacionalizada e em que medida é diferente gerir uma empresa não internacionalizada? O facto de a empresa estar inserida noutros mercados? Primeiro bloco: O ambiente externo às empresas  A envolvente económica tem-se alterado drasticamente nos últimos anos. A tendência de globalização das economias implica /incentiva a internacionalização empresarial. Passa frequentemente por dividir em várias formas de internacionalização. Três dimensões onde se processa mudança: 1) Dimensão socioeconómica 2) Dimensão político-regulamentar 3) Dimensão tecnológica A Dimensão socioeconómica 1) Forte deslocação da actividade económica. Emergência de países com elevada dinâmica de crescimento. Surgem novas geografias económicas, novos pólos de actividade económica. Estes países emergem onde as condições geográficas potenciam o seu crescimento no futuro, o que implica alterações ao lado da procura. 2) Crescente harmonização ao nível dos modos de produção e também do lado da procura. 3) Uma maior interdependência das conjunturas económicas. Quanto maior a globalização mais dependem umas das outras. Interdependência em termos da conjuntura económica. A Dimensão Político-regulamentar  Caracteriza-se por uma grande liberalização económica visível na diminuição do proteccionismo e em certa medida diminuição dos custos de transporte.  Menor grau de regulamentação em termos internacionais.  Constituição de blocos de regulamentação em termos internacionais. A Dimensão Tecnológica  As tecnologias de produção estão cada vez mais diferenciadas.  Podemos distinguir várias fases num processo de internacionalização:  Vamos procurar perceber qual deverá ser a estratégia de internacionalização da empresa.

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Segundo bloco - Podemos dividir o processo de internacionalização em três fases: 1) Fase de desenvolvimento local – fase ténue.

 Caracteriza-se por haver apenas tentativas muito iniciais de internacionalização, através de exportação. Significa que a base continua a ser local mas começa a procurar exportar para outros mercados - fase inicial. 2) Fase de Desenvolvimento Internacional  A empresa começa a criar localizações no exterior. Deixa de estar apenas localizada no país de origem para passar a estar sediada nos países de destino, através de filiais. 3) Fase de multinacionalização (também chamada de globalização)  A empresa já está presente noutros mercados e começa a criar uma rede de produção que se articula entre as várias filiais espalhadas pelo mundo.  Fase mais avançada do processo em que não só a empresa já está instalada noutros países mas também começa a criar uma rede de produção.  Antes de iniciar a sua presença nos mercados externos é necessário uma série de etapas intermédias, etapas prévias (preliminares).

Análise interna Dois tipos de análise

Análise externa  Análise interna – Procura-se identificar os pontos fracos das empresas: se produz com inovação ou não, se tem vantagem em custos de produção ou não.  Ao identificarmos estas fragilidades é fundamental que estas características estejam articuladas (adequar essas características à estratégia de desenvolvimento da empresa).  Análise externa – Procura identificar nos mercados externos quais são as melhores oportunidades para concretizar a estratégia da empresa. Empresas produtoras de bens de baixo custo devem procurar países onde a mão-de-obra é mais barata.  Temos três localizações possíveis para a captação de IDE, por exemplo.

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Terceiro bloco: Explicação  Temos que tentar perceber em que medida é que gerir uma empresa internacionalizada se distingue de gerir uma empresa não internacionalizada. Questões: A organização da produção é a mesma? As estratégias de marketing são as mesmas? De que forma é que a gestão da empresa deve mudar? Vamos discutir três ou quatro tópicos que abordam as questões anteriores: Primeiro: O fundamental é a maximização do lucro da empresa. A empresa deverá maximizar o valor acrescentado. Existem determinadas estratégias para acrescentar valor: 1) Adicionando valor especificamente aos bens que produz ou aos serviços que presta (produzir um bem com qualidade superior à do mercado, serviço pós-venda, novas características de bens, etc. 2) Reduzindo os custos de produção (minimização dos custos de produção).  Empresa – Conjunto de funções susceptíveis de criar valor: funções de marketing, recursos humanos, função de distribuição (logística), função de I & D, etc.  As funções da empresa podem ser divididas em actividades primárias e de suporte. Funções primárias – Estão mais directamente relacionadas com a criação de valor (criação de produto, sua divulgação, função de distribuição, função de acompanhamento do cliente, etc.). Actividades nucleares para criação de valor. Actividades de suporte – São aquelas que não estão devidamente relacionadas com a criação de valor (função de recursos humanos, função financeira, função de I & D, gestão e armazenamento de materiais. O facto de a empresa ser internacionalizada permite que esta possa beneficiar mais: 1) Garante/possibilita um maior retorno das competências distintivas da empresa (maior retorno das características que distinguem a empresa. 2) Possibilidade de explorar mais a fundo economias de localização. 3) Possibilidade de explorar economias de aprendizagem. Primeiro benefício: explicação  As empresas devem ter alguns elementos (núcleos de vantagens competitivas) que os consumidores consigam identificar como tal.  Se a empresa tem capacidade e interesse e interesse em adquirir um elemento distintivo (se têm essas competências nucleares), então ficar confinada ao mercado nacional é estar impedida de beneficiar dos mercados externos. Conseguirá explorar mais nos mercados em que os consumidores valorizam mais esses elementos distintivos.

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 Há um espaço para seleccionar as localizações – alvo que permitem explorar as vantagens competitivas da empresa.  Existem diversos factores que podem levar as empresas a explorar um mercado mais vasto.  Se a empresa que tem capacidades distintivas, então deverá explorar mercados mais vastos para beneficiar deles.

Segundo benefício: explicação  A empresa tem de escolher qual o mercado que lhe permite explorar as características que tem, qual o mercado dadas as suas características.  A diferença de localização das empresas podem fazer diferir os custos de produção.  A possibilidade de encontrar a localização óptima surge muito alargada no caso de um mercado internacional. Sem considerarmos custos de transporte deveríamos escolher a melhor localização.  Um dos elementos fundamentais para esta decisão é a possibilidade de certas localizações chegarmos a mercados de consumo final.  A possibilidade de explorarmos as economias de escala á maior quando consideramos um mercado internacional do que um mercado estritamente nacional. Terceiro benefício: explicação  Os custos médios diminuem com o aumento da capacidade de produção da empresa. Primeira razão: lógica das economias de escala – produzimos numa escala superior, logo os custos médios diminuem. Segunda razão: Aprendizagem pela experiência – os trabalhadores vão se tornar mais eficientes ao produzirem mais unidades de um dado bem (produção em menor tempo). CM

Q 101

 Uma empresa internacionalizada pode produzir numa escala superior. A possibilidade de alargamento da produção permite obter vantagens de redução de custos. Papel da empresa internacionalizada 1) Potenciamento da escala de produção (baixando a posição da curva de produção) => menores custos médios. 2) Beneficiar da produção a custos mais baixos permite reduzir o preço dos bens. Permite-lhe praticar um preço mais baixo, constituindo barreira à entrada e preservando o seu mercado.  Um maior potencial de aprendizagem verifica-se em sectores tecnologicamente mais avançados (tecnologias de ponta, etc.).  Permitem várias formas de aprendizagem.  Vamos pensar que estamos a trabalhar com uma empresa internacionalizada e que sofre concorrência pelo facto de estar num mercado globalizado. Como conjugar as duas grandes pressões: pressão externa competitiva para reduzir os custos e a adequação dos bens e serviços aos diferentes mercados (mercados com características diferentes). Ponto-chave: É o oposto em muitos casos 1) Se o objectivo da empresa for reduzir custos, vai produzir um bem mais standard, numa escala superior, vai produzir um bem o mais homogeneamente possível, onde os custos de mão-de-obra são mais baixo, num só sítio e vender para o mercado mundial. Emergência de certos sectores: ex: calças de ganga.  Existe um interesse de mercados com características diferentes. Como é que as empresas podem diferenciar os seus mercados? 1) Produzir produtos com características diferentes (numa escala mais baixa) 2) Produzir numa escala comum, em estratégias distintas Ex: Campanhas publicitárias (imagem diferente de chegar o produto aos consumidores). Produzir produtos diferentes em escalas diferentes tem custos.  A empresa tem em mãos a tarefa de conciliar as situações em que as características da empresa sigam a estratégia de diminuição de custos ou adequação de custos.  Se a empresa produzir bens standard (comuns em termos internacionais) a sua estrutura deverá basear-se na minimização de custos. A competição de bens dificilmente se faz só no preço.

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 Quanto mais comum for o bem mais difícil se torna competir em factores que não sejam o preço do bem. Factores que incentivam a estratégia concentrada na redução de custos: 1) Localização em espaços já em si de baixo custo (dificilmente se compete numa forma distinta que não seja acompanhando essa tendência. 2) Quanto maior o excesso de oferta, maior a pressão para se competir por custos de produção. 3) Quanto maior o poder dos consumidores (facilidade de mudarem de empresa) é quase obrigatório que a empresa concorra em custos. Casos em que é melhor a adaptação das estratégias de produção: 1) Quando existir uma acentuada diferença das preferências dos consumidores.  É necessário adequar e produzir bens que se adequem às características dos consumidores. Não é possível produzir um bem diferenciado. É difícil, pois os mercados têm características diferenciadas.  Neste caso o bem é diferenciado, logo adequar os custos será a melhor opção da empresa. 2) 3) 4) 5) Exigências eléctricas distintas Exigências ao nível da especificação dos bens Exigências ao nível da cultura, religião. Exigências ao nível dos canais de distribuição.

 Estes foram os casos em que é melhor optar por uma estratégia de adequação de adequação de custos para um produto diferenciado. Estratégias para uma empresa competir no mercado internacional: 1) Estratégia internacional – passa por manter uma base no país de origem. Manter funções no país de origem.  O marketing é diferente em cada mercado. No país de origem são concebidos os bens, que depois passam por diferentes filiais através de canais de distribuição e de estratégias de marketing desses países. 2) Estratégia multi-doméstica  Em cada mercado estão todas as funções da empresa. Estão pequenas empresas com autonomia dentro da empresa.  Estratégia que permite adequar os produtos às características de cada mercado. 3) Estratégia global  Passa por visualizar o mundo e procurar explicar ao máximo as economias de localização e de aprendizagem, escolhendo a localização concreta que permite melhor explorar as economias de localização. 103

 Escolher só uma localização e produzir tudo nesse local para beneficiar de economias de aprendizagem. Casos em que deve ser aplicada: Estratégia extrema de redução de custos. 4) Estratégia transnacional  Procura ser um misto das anteriores e deve ser seguida no caso de uma pressão para reduzir custos e adaptar a produção. Soluções intermédias: 4.1) Visualizar o mundo como um todo e escolher várias (duas ou três) localizações que permitem produzir bens em formas diferenciadas. Diversificar em pouco as economias (localizações) com características adequadas ao que se pretende produzir. 4.2) Fragmentação da produção – Analisar diversas componentes do produto. Podem existir componentes variadas para um dado bem.  As componentes comuns podem ser produzidas numa só localização que permite explorar ganhos de escala e de localização.  As componentes que têm maior grau de especialização => diferentes peças produzidas em diversas partes do mundo.  A produção actual é fragmentada em termos internacionais. A lógica da internacionalização no caso de uma forma conjunta Alianças estratégicas entre empresas têm vantagens: 1) Permite reduzir custos 2) Minimização do risco (partilha do risco 3) Permite que cada uma das empresas se concentre naquilo que faz efectivamente melhor. Várias razões para o insucesso das alianças: 1) Interesses divergentes - adquirir conhecimentos para produzir de forma isolada. 2) Falta de empenhamento (interesse por parte de algumas das empresas)

Estratégia adoptada para corrigir os fracassos das empresas  O que se faz hoje em dia é criar alianças estratégicas onde se troca tecnologia, estabelecendo garantias contratuais com elevadas penalizações e tornar esse acordo estratégico vital para as empresas envolvidas

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...What is Econometrics? Econometrics is a rapidly developing branch of economics which, broadly speaking, aims to give empirical content to economic relations. The term ‘econometrics’ appears to have been first used by Pawel Ciompa as early as 1910; although it is Ragnar Frisch, one of the founders of the Econometric Society, who should be given the credit for coining the term, and for establishing it as a subject in the sense in which it is known today (see Frisch, 1936, p. 95). Econometrics can be defined generally as ‘the application of mathematics and statistical methods to the analysis of economic data’, or more precisely in the words of Samuelson, Koopmans and Stone (1954), ... as the quantitative analysis of actual economic phenomena based on the concurrent development of theory and observation, related by appropriate methods of inference (p. 142). Other similar descriptions of what econometrics entails can be found in the preface or the introduction to most texts in econometrics. Malinvaud (1966), for example, interprets econometrics broadly to include ‘every application of mathematics or of statistical methods to the study of economic phenomena’. Christ (1966) takes the objective of econometrics to be ‘the production of quantitative economic statements that either explain the behaviour of variables we have already seen, or forecast (i.e. predict) behaviour that we have not yet seen, or both’. Chow (1983) in a more recent textbook succinctly defines econometrics ‘as...

Words: 736 - Pages: 3

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...Economics is the social science that analyzes the production, distribution, and consumption of goods and services. Economics explains how people interact within markets to get what they want or accomplish certain goals. An economy exists for two basic reasons, firstly, human wants for goods and services are unlimited and secondly, productive resources with which to produce goods and services are scarce. An economy has to decide how to use its scarce resources to obtain the maximum possible satisfaction of the members of the society. Economics is studied so you can become a well-informed citizen. Political and social leaders often develop policies that have broad economic effects. International relations are also dominated by economic concerns. Economic knowledge is needed if you are to understand the effects of taxation, unemployment, inflation, welfare, economic growth, exchange rates, or productivity. We also study economics because it helps the individual make more informed decisions. Consumers, workers, and investors usually make wiser choices if they understand the likely economic effects of the choice to be made. Business executives have more insight for making decisions if they understand how the economy works and the likely effects of economic conditions on a business. Hypotheses are propositions that are tested and used to develop economic theories. Highly reliable theories are called principles or laws. Theories, principles, and laws are meaningful statements...

Words: 259 - Pages: 2

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...HW assignment 4 (Week9): Analysis of the Business Cycle. The main objective of this exercise is to get students thinking analytically and creatively about the two-edged nature of many economic phenomena so as to present a “balanced” perspective based on economics principles, theories and concepts against the backdrop of conceptual and analytical thinking. Visit the web sites or similar ones containing national economic data. National Economic Accounts at the Bureau of Labor Statistics at http://www.bea.gov , Bureau of Labor Statistics at http://www.bls.gov/data/, The Conference Board at http://www.conference-board.org/economics/indicators.cfm, US Census Bureau at http://www.census.gov/mtis/www/mtis_current.html, National Bureau of Economic Research at http://www.nber.org/releases/, The Federal Reserve at http://www.federalreserve.gov/releases/h15/update/ Review the most recent 8 – 12 months of data on real GDP growth, inflation/CPI, unemployment, Interest rates, consumer confidence index, consumer sentiment index, inventory level, and other relevant economic data. Based on the collected data, analyze the current macroeconomic situation and its impact on any two(2) Monopolistically competitive firms of your choice. Explore in particular how the two companies’ respond to the macroeconomic conditions in terms of their: • stock performance, • current and future sales revenue, • current and future profits, • labor costs, and • hiring decisions. Your paper should...

Words: 377 - Pages: 2

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...MAIN TOPICS OF MICRO ECONOMICS I. BASIC CONCEPTS OF ECONOMICS 1. Nature and Scope of Economics 2. Some Basic Concepts 3. Methodological Issues in Economics 4. Methods Laws and Assumptions in Economic Theory 5. Economic Models 6. Production Possibility Curve and Circular Flow of Economic Activity 7. Economic Statics and Dynamics 8. Economy Its Vital Processes and Basic Problems 9. Economic Systems 10. Price System and Mechanism 11. Equilibrium 2. CONSUMPTION THEORY 1. Neo-Classical Utility Analysis 2. Demand and its Law 3. Indifference Curve Theory 4. The Concept of Consumer’s Surplus 5. The Revealed preference theory of demand 6. Elasticity of Demand 3. PRODUCTION THEORY 1. Factors of Production 2. Characteristics of Land and Labour 3. Theories of Population 4. Division of Labour and Machinery 5. Capital and Capital Formation 6. Localisation of Industries 7. Scale of Production 8. Types of Business Units 9. Organisation 10. Laws of Returns : The Traditional Approach 11. Laws of Returns : The Isoquant and Isocost Approach 4. PRODUCT PRICING 1. Nature of Costs and Cost Curves 2. Market Structures 3. The Concept of Revenue 4. Supply – Its Law, Elasticity and Curves 5. Equilibrium of Firm and Industry Under Perfect Competition 6. Pricing under Perfect Competition – Demand and Supply 7. Applications of Demand and Supply Analysis under Perfect Competition 8. Joint Demand and Supply 9. Monopoly 10. Monopsony and Bilateral Competition ...

Words: 326 - Pages: 2

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...Thesis Economics Thesis The goal of an economics thesis is to solve a problem regarding the exchange of goods and services in an innovative way. To this end, the student may explore macroeconomics, the study of large economics systems, or microeconomics, the study of person-to-person exchanges of goods and services, in a completely unique manner or in a manner that simply expands on or addresses previous ideas. Students who are struggling to develop ideas for their economics theses may benefit from asking themselves what problems they have a passion for solving. For example, perhaps the student feels greatly irritated about gas prices and could develop an idea on how to cut costs. Perhaps the student has a fascination with the failure of communism and would like to develop a thesis on where the economic system went wrong and why. If the student cannot identify a topic that would produce a viable economics thesis, he or she should talk with the major professor and see if together they can brainstorm a usable idea. Economics theses may have concerns that most disciplines do not have, particularly in formatting. Because pictures can carry a great deal of information in a much more succinct way than text and because economics theses often handle highly complex issues, writers of economics theses may find it useful to include a number of charts, graphs, and tables both in appendices and in the body of the thesis itself. Depending on the complexity of those graphics, the student...

Words: 344 - Pages: 2

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...classified and analyzed. The first studies on the economic impact of port activity emerged in the United States in the second half of the 1960s. The ports of New York and New Jersey were the first to be taken into consideration. In the 1970s, the first methodological discussions took place, based on the development of the input–output model and its application to the measurement of the impact of ports. The main stances opposing this kind of study were advocated by Robert C. Waters, while those in favour had Semoon Chang as their main champion, and most of Waters’ criticisms were dealt with. 1. PORT ECONOMIC IMPACTS Ports contribute much to their economies, and port economic impact analysis is the major tool for documenting those contributions. The primary objective of port impact studies is to inform the public of the importance of port services, and additional benefits that may exist vary with particular studies. And also, the decision of local governmental agencies to construct port facilities is often preceded by a port economic impact study. The majority of existing port impact studies begin with definitions of port impacts, as an improper notion of port impact might well lead to an entirely wrong estimation of the total economic impact of a port. One of the major challenges in port impact studies is to identify the port-related industries and find out the degree of port dependency of these industries. Generally, economic impacts of port on the local economy can be divided...

Words: 5423 - Pages: 22

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...stirred up a massive cause for debate, and for the correct reason. The decision the English citizen is going to comprehend is crucial for the welfare for the English economy, and is known to be the ‘’most important decision you’ll make in a generation’’ As quoted by George Osbourne, Chancellor of the Exchequer, in an article about foreign relations with Brussels. It is a very important decision to the English taxpayer, but is equally important for the British economy, but I think, is arguably most important for the small or large, private or public, English Business. The English economy is growing by 1.5% per annum, this is not enough. Compared to foreign relations such as China, with a G.D.P growth rate or economic growth rate of nearly 9% a year, China has a faster economic growth rate by 6x. Now what do these numerical figures mean in contrast to leaving the EU? Well, whether or not to leave the EU has a massive effect on our economy, influenced by trade. But how does this correlate to affecting British businesses? Well a faster, well protected economy will allow businesses to run faster, trade faster, produce faster, and become efficient, which...

Words: 788 - Pages: 4

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...Economic Decisions Individuals and societies alike face many decisions. Individuals tend to make economic decisions when faced with trade-offs, and because of that, individuals are required to compare costs and benefits of their alternative actions referred to as the opportunity cost. Rational individuals tend to think of marginal change during the process of decision-making, and therefore, may respond differently to incentives whilst making economic decisions. This paper discusses the four principles of economics, a decision associated with marginal change, the incentive(s) that could lead to making different decision, and finally, how the principles of economics affect decision-making, interaction and the workings of the economy as whole. The Principles of Economics A trade-off is often referred to as the “technique of reducing or forgoing one or more desirable outcomes in exchange for increasing or obtaining other desirable outcomes to maximize the total return or effectiveness under given circumstances.” (BusinessDictionary.com, 2009) In brief, individuals choose something over something else, or give up something in order to get something else. Whatever “it” is that individuals sacrifice in order to get something, is generally “its” cost, and cost is often linked and associated with money, an opportunity cost however, could be the cost of anything i.e. time or health sacrificed in order to get something. Marginal changes are incremental adjustments individuals make...

Words: 853 - Pages: 4

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...single monopoly and share production and profit. However, if this price-fixing game is repeated indefinitely, it would come to a moment that one firm cheats on their collusive agreement. If the cheater cuts its price and the complier remains the agreed price. As shown in the figure, for the complier, ATC now exceeds price and for the cheater, the price exceeds ATC. The industry output is larger than the monopoly output and the industry price is lower than the monopoly price. The total economic profit made by the industry is also smaller than the monopoly’s economic profit. Therefore the complier incurs an economic loss while the cheater gains economic profit. If since both firms have an incentive to cheat as long as price exceeds marginal cost. In this price-fixing game, it will occur a situation that both firms cheat. If both firms produce more cigarettes than the number agreed, the industry output will be increased, the price of cigarettes will fall and both firms makes zero economic profit, as shown in the figure. -In monopolistic competition a company in the short run, makes its output and price decision just like a monopoly company does. The following figure illustrates the monopolistic competition in the short run. As you can see, when the marginal revenue equals its marginal cost (MR = MC), the firm charges the highest price (P) that buyers are willing to pay for this quantity, which is highly higher than the average total cost (ATC). Therefore the firm makes...

Words: 620 - Pages: 3

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...both Macro and Micro Economic principles and is aligned with the California State Standards for Social Science in Economics. It is designed to provide a basic understanding of the core concepts, ideas, and theories relevant to the study of Economics as a social science in today’s world. Although many of the topics we cover will be new to many students, it is my goal to relate them to both the life of a teenager about to embark on his or her own economic odyssey and the larger issues filling up space on the pages of our newspapers and the screens of our computers. Whether you like it (or even know it) or not, we are all subject to the economic system we live in and its ever-changing conditions. We are all economic actors! Course Topics: 1. What is Economics? What are the basic ideas, questions, and vocabulary underlying the study of economics as a social science? 2. Economic Systems How do society’s decide what to make, how to make it, and who gets what is made? 3. Supply and Demand How are prices, the language consumers and producers use to communicate, determined in a free market system? 4. Labor Unions What do they do, what are their pros and cons, what is their history, and their current status? 5. Financial Markets What are the fundamentals of our financial system and how can you begin to learn to take advantage of it for your own benefit? 6. Macroeconomics How are large-scale economic indicators, such as...

Words: 1394 - Pages: 6

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...Title: Economics Name: Professor’s name: Course title: Date: Economics Suggest how an economist would approach the problem of alcohol abuse. Provide two (2) possible solutions to this problem. Include the four (4) elements of the economic way of thinking in your analysis. It is a genuine case of negative externalities both in production and consumption. Alcohol production also causes pollution of the environment especially due to the large CO2 emissions produced by factories and some of the byproducts. Two possible solutions to these problems proposed by economists are: • Coase theorem. Negotiating for compensation with no any government intervention on condition that the cost of negotiation is not high and the property rights are secured. • Pigouvian regulations or taxes: Drunk driving is incorporated. An economist would raise cost through reduced availability and added taxes Analyze how prescription drugs affect the demand and supply of other products and services in this country. According to Garrod and Willis (2007), in economics, the law of supply and demand is regard as one of the fundamental principles running an economy. It is illustrated as the situation where as supply raises the price will likely drop or vice versa. As demand raises the price will likely increase or vice versa. Essentially this is a standard that nearly all people intuitively understand concerning the relationship of services and goods against the demand for...

Words: 1345 - Pages: 6